Título
Diz-me que clima percecionas, dir-te-ei quão workaholic és: O papel moderador de um clima de trabalho excessivo na relação entre autoeficácia e o workaholism
Autor
Fernandes, Cláudia Lopes dos Santos Correia
Resumo
pt
Este trabalho tem como objetivo fornecer evidências empíricas sobre o efeito moderador da
perceção de um Clima de Trabalho Excessivo (CTE) na relação entre a perceção de
Autoeficácia (AE) no trabalho e o "workaholism", relação esta que não está clara na literatura.
Este modelo foi testado em duas amostras: uma constituída por 187 participantes selecionados
de entre os trabalhadores portugueses, pertencendo, por isso, a diferentes organizações; outra,
constituída por 381 participantes, pertencentes à mesma organização. Os resultados obtidos
confirmaram o CTE como um preditor positivo e significativo do "workaholism".
Adicionalmente, verificou-se que a AE é um preditor positivo do "workaholism, contudo, esta
correlação só foi significativa para a população pertencente a organizações distintas.
Contrariamente ao esperado, não se verificou o efeito moderador do CTE na relação entre a
AE e o "workaholism". Este estudo contribui para uma melhor compreensão do "workaholism" e
dos seus preditores, com vista a que, de alguma forma, possa conferir capacidade aos líderes
das organizações para atenuar a probabilidade de desenvolvimento ou de reforço desta
dependência.
en
This paper aims to provide empirical evidence on the moderating effect of perceived
Excessive Work Climate (CTE) on the relationship between perceived Self-efficacy (AE) at
work and Workaholism, a relationship that is not clear in the literature. This model was tested
in two samples: one consisting of 187 participants selected from portuguese workers,
belonging to different organizations; the other one, of 381 participants, belonging to the same
organization. The results obtained confirmed the CTE as a positive and significant predictor
of Workaholism. Additionally, it was found that AE is a positive predictor of workaholism,
however, this correlation was only significant for the population belonging to different
organizations. Contrary to expectations, the moderating effect of CTE on the relationship
between AE and workaholism was not observed. This study contributes to a better
understanding of workaholism and its predictors, expecting that it may, in some way,
empower the leaders of organizations to mitigate the likelihood of development or
reinforcement of this addiction.