A Convenção dos Direito das Crianças, plasma uma conceção de criança como sujeito de direitos e membro ativo de uma sociedade e não apenas recetor passivo da proteção dos adultos. Neste sentido são considerados agentes imprescindíveis, no caminho para o aprofundar de uma democracia participativa, devendo receber por parte da sociedade uma clara resposta aos seus direitos. A participação real e efetiva, das crianças e jovens, é pontuada pela conjugação de três princípios: reconhecimento do direito de participar, dispor das capacidades necessárias para exercer esse direito e existência de meios adequados para tornar a participação possível. Sobressai destes princípios que, não passa unicamente por admitir o direito a participar, mas também por formar os indivíduos, para que possam exercer a participação de forma eficaz, sendo a formação mais eficiente para a participação, aquela que se consegue através da própria participação. O próprio ato de participar, agrega em si o desenvolvimento das competências participativas, que abarca todo o arco das dimensões da educação: conhecimento, destreza, habilidades, atitudes e valores. Aliando-se a estes dois princípios, apresenta-se um projeto de intervenção alicerçado no propósito de criar para as crianças e jovens os meios para veicular a participação social, utilizando como estratégia o voluntariado social, num território onde pelas suas características especificas, as crianças e jovens estarão em maior risco de exclusão social. A participação revela-se numa ferramenta privilegiada, no combate à exclusão social, na criação de laços sociais, no desenvolvimento de competências que possibilitam o desempenho de uma cidadania ativa e inclusiva.

Convention on Children's Rights shape a conception of a child as a subject of rights and active member of a society, and not only a passive recipient of the protection of adults. In this sense, they are considered indispensable agents, on the way to develop a participatory democracy, and should receive a clear response to their rights from society. The effective participation of children and young people are classified by the combination of three principles: recognition the right to participate, ability to exercise this right and existence of adequate means, to make participation possible. Stands out from these principles which, not only by admitting the right to participate, but also by forming the individuals, so that they can exercise the participation effectively, being the most efficient training for participation, the one that is able to through their own participation. The very act of participating, adds in itself the development of participatory competences, which comprehended the dimensions of education: knowledge, dexterity, skills, attitudes and values. Allied to these two principles, we present an intervention project based on the purpose of creating for children and young people the means to serve social participation, using as a strategy social volunteering, in a territory where the children and young people will be at greater risk of social exclusion. Participation reveals itself as a privileged tool, in fight against social exclusion, in creation of social bonds, in development of competencies that empower the performance of an active and inclusive citizenship.