A ambidextria contextual chamou a atenção dos investigadores nos anos recentes. No entanto, o conceito em si não foi evoluído desde a sua criação em 2004 pelo trabalho de Gibson e Birkinshaw e, até ao presente, é vista como uma combinação entre as capacidades de alinhamento e adaptabilidade numa unidade de negócio. Nesta dissertação são propostas algumas modificações ao modelo, de forma a reforçá-lo. Estas são a transformação de alinhamento e adaptabilidade para um conjunto de sub-dimensões cada e acrescentar uma terceira variável, norma de autonomia. Adicionalmente, o novo modelo foi testado em organizações do setor público uma vez que, dado as pressões específicas que estas organizações enfrentam, seria lógico que esta capacidade organizacional as ajudasse a equilibrá-las. Análises fatoriais confirmatórias e uma análise de regressão hierárquica foram usadas para examinar as respostas de 199 funcionários públicos e os resultados foram satisfatórios, uma vez que alinhamento e adaptabilidade ficaram melhor representados por múltiplos fatores, norma de autonomia demonstrou que reforça a ambidextria contextual e, por fim, as três variáveis demonstraram algum efeito na performance. Estes resultados têm implicações tanto para a existente e futura literatura sobre ambidextria, como para a prática de gestão em organizações públicas.

Contextual ambidexterity has caught the interest of researchers for the recent years. However, the concept itself has not evolved since its creation in 2004 by the work of Gibson and Birkinshaw and, to this time, it is seen as a combination of the capacities for alignment and adaptability in a business unit. In this dissertation, some modifications to the model are proposed in order to strengthen it. These are to transform alignment and adaptability into a set of sub-dimensions each and to add a third variable, autonomy norm. Additionally, the new model was tested in organizations from the public sector because, given the particular pressures that these organizations face, it would be logical that this organizational capacity would help to balance them. Confirmatory factor analyses and hierarchical regression analysis were used to examine the responses from 199 public workers and their results were satisfactory, since alignment and adaptability were better represented as multiple factors, autonomy norm showed to reinforce contextual ambidexterity and, at last, all three variables displayed some effect on performance. These results will have both implications for the existing and future literature on ambidexterity and for the practices of managers in public organizations.