Título
O impacto da percepção do modelo relacional dominante, por parte dos colaboradores, na satisfação das necessidades psicológicas básicas definidas pela teoria da autodeterminação
Autor
Grazina, Nuno Miguel Lourenço
Resumo
pt
A presente investigação procurou perceber de que modo a forma de coodernação numa cultura organizacional influencia a motivação no trabalho. Desta forma, baseamo-nos na Teoria dos Modelos Relacionais (TMR) de Alan Fiske (1991, 1992) e na Teoria da Autodeterminação de Deci & Ryan (1985, 2000) para formar a nossa base teórica de pesquisa. A Teoria dos Modelos Relacionais descreve todas as relações sociais humanas como manifestações de comportamento de quatro construções fundamentais: Communal Sharing, Authority Ranking, Equality Matching e Market Pricing. Por sua vez, a Teoria da Autodeterminação afirma que para o indivíduo ter comportamentos mais autodeterminados e motivações mais intrínsecas devem ser satisfeitas as necessidades de autonomia, competência e relacionamento. Assim, o presente estudo procurou combinar as duas teorias de forma a compreender qual o impacto que a dominância de um Modelo Relacional numa dada organização tem na satisfação das necessidades dos seus colaboradores. Isto é, de que forma o Modelo Relacional vigente numa organização pode condicionar ou promover a satisfação das necessidades. Das hipóteses formuladas, apenas corroborámos a de que, quando o Modelo Relacional dominante é o Communal Sharing, foi satisfeita a necessidade de relacionamento. Todas as outras hipóteses provaram não ser verdadeiras.
Além disso, foi proposto um modelo de mediação no qual a variável dependente é a predominância do Modelo Relacional, as variáveis mediadoras as necessidades psicológicas básicas e a variável dependente o tipo de motivação que o colaborador tem. Surgiram alguns resultados interessantes que podem iniciar uma nova perspectiva sobre a forma como as necessidades psicológicas básicas são percebidas.
en
This research sought to understand how the dominanting way of coordinating in a organizational culture influences work motivation. Thereby we relied on Alan Page Fiske’s (1991, 1992) Relational Models Theory (RMT) and Deci & Ryan’s (1985, 2000) Self-Determination Theory (SDT) to form a theoretical basis for research. Relational Models Theory describes all human social relationships as behavior manifestations of four fundamental constructs: Communal Sharing, Authority Ranking, Equality Matching, and Market Pricing. In turn, the Self-Determination Theory argues that for the individual to achieve more self-determined behavior and more intrinsic motivations, must be satisfied the needs for autonomy, competence and relatedness. Thus, the present study sought to combine the two theories and understand what the impact of the dominance of the Relational Model in a given organization in meeting the needs of its employees. This is, how the Relational Model prevailing in the organization may constrain or promote the satisfaction of needs. About the hypotheses we have only corroborate that which the relational model is Communal Sharing, will be satisfied the need for relatedness. All other shown to be not significant.
Furthermore, we proposed a mediation model in which the dependent variable is the dominance of the Relational Model, the mediating variables the basic psychological needs and the outcome variable the type of motivation that the employee has. Some interesting results emerged and can initiate a new perspective on how the basic psychological needs are perceived.