Nosso estudo teve como objetivo explorar como os indicadores de estatuto socioeconómico e perceções de autoeficácia estão associados a expectativas futuras, designadamente, expectativas de envolvimento profissional e comunitário entre jovens rurais e subqualificados, que não estão nem em emprego, nem em educação ou formação (NEEF) e se esse modelo varia entre os grupos de género. Participaram 188 jovens NEEF, com idades entre 18 e 29 anos. Cento e dois deles (54,30%) tinham entre 18 e 24 anos, a maioria eram mulheres (58,50%) e 65,40% tinham o ensino básico completo (9º ano) ou menos. Os dados foram recolhidos nos Açores, um pequeno arquipélago periférico português, e contaram com o apoio da agência de emprego local. Usando a abordagem do Modelo de Equações Estruturais, verificamos que os participantes que apresentaram perceções mais positivas em relação a seus pontos fortes de autoeficácia mostraram expectativas mais fortes em relação ao futuro profissional, ao contrário daqueles que consideraram sua autoeficácia como uma barreira. Os resultados também revelaram que uma maior independência em relação à família dos pais, bem como uma perspetiva mais positiva sobre os recursos de autoeficácia, demonstraram aumentar o senso de autoeficácia das mulheres, quando comparadas com os homens.

Our study intended to explore how socioeconomic status (SES) indicators and perceived self-efficacy perceptions are associated with future expectations, namely professional and community involvement expectations among rural, underqualified youths Not in Employment, nor in Education or Training (NEET), and if this model varies across gender groups. One-hundred and eighty eight NEET youths aged 18 to 29 years old participated in this study. One-hundred and two of them (54.30%) were aged between 18 and 24 years old, the majority were female (58.50%) and 65.40 % had completed upper middle school (9th grade) or less. Our data collection took place in the Azores islands, a small and peripheral Portuguese archipelago, with the support of the local employment agency. Using a Structural Equation Model approach, we found that participants showing more positive perceptions regarding their self-efficacy strengths showed stronger expectations regarding their professional future, contrary to those who perceived their self-efficacy as a barrier. We also found that greater independence regarding parents’ household as well as more positive perspective about self-efficacy resources showed to increment these women’s sense of self-efficacy compared to men.