Título
Essays on intergenerational mobility in income and education
Autor
Casinhas, Luís Miguel Clemente
Resumo
pt
Nesta tese analisamos a mobilidade intergeracional do rendimento e da educação. No primeiro capítulo avaliamos os seus determinantes para 137 países, de 1960 a 2018. A mobilidade de rendimento relaciona-se positivamente com a proporção de casados e negativamente com a proporção de crianças com nível de educação inferior ao básico, a taxa de crescimento da densidade populacional e a desigualdade. A mobilidade educacional relaciona-se positivamente com a taxa de alfabetização adulta, a despesa pública com educação básica e a quantidade de migrantes.
No segundo capítulo construímos medidas de mobilidade intergeracional para Portugal, para gerações entre 1968-1988. As mulheres apresentam maiores mobilidade de rendimento e educacional absoluta. Filhos de pais com rendimento baixo apresentam maior persistência de rendimento. A percentagem de indivíduos cuja escolaridade é superior à dos pais ultrapassa os 80%. Filhos de pais com rendimento médio-alto apresentam mobilidade educacional superior. Educação elevada, ocupações que a exigem e rendimento médio-alto associam-se a maior mobilidade. As mobilidades relativas de rendimento e educação relacionam-se de forma positiva mas modesta.
No último capítulo analisamos o conteúdo informacional dos apelidos (ICS) ou nomes próprios (ICF) portugueses como medidas de mobilidade geracional, para indivíduos nascidos em 1956-1995. Sobrenomes e nomes próprios explicam, respetivamente, 14% e 2% das diferenças de escolaridade verificada. O ICS (ICF) é menor (maior) no litoral do país. O ICS correlaciona-se positivamente com a taxa de retenção e desistência no ensino básico, negativamente com o rácio P80/P20, e de forma convexa com o rácio P90/P10 e o Índice de Gini.
en
In this thesis we analysis intergenerational mobility in income and education. In the first chapter we assess the determinants of intergenerational mobility in income and education for 137 countries, between 1960-2018. Income mobility has a positive relationship with the share of married individuals and a negative relationship with the share of children with less than primary education, the growth rate of population density, and inequality. Education mobility is positively linked with adult literacy, government expenditures on primary education, and the migrants’ stock.
In the second chapter we construct mobility measures for Portugal, considering the 1968-1988 cohorts. Women present more income mobility and a greater absolute educational mobility. Children with low-income fathers present higher income persistence. The education of more than 80% of individuals surpasses their fathers’ education. Children of medium-high-income fathers present higher education mobility. A high education level, occupations requiring it, and a medium-high income level are associated with more mobility. Income and education relative mobility are weakly positively connected.
Finally, we analyse the role of informational content of surnames (ICS) or first names (ICF) for generational mobility in Portugal, for 1956-1995 cohorts. Surnames and first names explain, respectively, 14% and 2% of the observed differences in educational attainment. The ICS is lower in the country’s coast, as opposed to ICF. The ICS correlates positively with the retention and desistance rate in primary and lower secondary education, and negatively with the P80/P20 ratio, while a convex relationship occurs with the P90/P10 ratio and the Gini Index.