O presente trabalho apresenta um debate sobre questões da Política Cultural na Guiné- Bissau: Desafios e Constrangimentos. Especificamente, o estudo visa identificar os principais desafios da política cultural da Guiné-Bissau, que compõem o Plano Estratégico; identificar os princípios que organizam e orientam a política cultural na Guiné-Bissau e identificar os patrimónios culturais do setor autónomo de Bissau. Em relação à metodologia, procurou-se obter informação, através da pesquisa bibliográfica e oito (8) entrevistas a diversas individualidades e instituições que lidam com a temática, dando assim a possibilidade de os entrevistados exprimirem de forma livre as suas opiniões. Neste estudo questionamo-nos sobre qual é a atual situação da cultura na Guiné-Bissau? Será que as metas e as diretrizes do Plano de Ação para o setor cultural vão ser executado no tempo definido? E quais são os obstáculos na implementação da política cultural na Guiné-Bissau? As declarações dos entrevistados, neste estudo, convidam-nos a uma reflexão sobre a atual situação da cultura na Guiné-Bissau. Pois, nos últimos anos, temos vivido uma cultura que tem uma dependência política e que se encontra numa situação delicada. Assim, é preciso que haja uma intervenção urgente por parte da autoridade local no sentido de poder traçar um plano que venha a permitir o funcionamento ideal deste setor, podendo abrir um mercado estável para os atores e artistas que atuam nessa área. Em relação à segunda pergunta, estes diferem nas suas opiniões quanto a esta questão, onde alguns concordam e outros não em relação a execução de tais planos, alegando a ausência da sua aprovação pela ANP e, por outro lado, pela vontade das pessoas que estão no governo onde algumas, como é referido, desconhecem a existência deste Plano Estratégico para a Cultura. Ainda, os entrevistados identificaram também que um dos principais obstáculos para implementação de uma política cultural no país está relacionada com a instabilidade governativa e a falta de vontade política. A conclusão a que se pode chegar é que existe uma falta de mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros para reforçar as capacidades institucionais no setor da cultura, a fim de tornar possível a implementação de tal política.

This paper presents a debate on issues of Cultural Policy in Guinea-Bissau: Challenges and Constraints. Specifically, the study aims to identify the main challenges of cultural policy in Guinea-Bissau, which make up the strategic plan; identify the principles that organise and guide cultural policy in Guinea-Bissau and identify the cultural heritage of the autonomous sector of Bissau. As far as methodology is concerned, we sought to identify, through bibliographical research and eight (8) interviews with various individuals and institutions that deal with the subject, thus giving the interviewees the opportunity to freely express their opinions. In this study, we asked ourselves: what is the current state of culture in Guinea-Bissau? Will the goals and guidelines of the action plan for the cultural sector be implemented in time? And what are the obstacles to implementing cultural policy in Guinea-Bissau? The statements made by the interviewees in this study invite us to reflect on the current situation of culture in Guinea-Bissau. For in recent years, we have experienced a culture that is politically dependent and in a delicate situation, so there needs to be urgent intervention on the part of the local authority in order to draw up a plan that will allow this sector to function optimally and thus open up a stable market for the actors and artists who work in this area. In the second question, the interviewed differed in their opinions on this issue, with some agreeing and others not in relation to the implementation of such plans, citing the lack of their approval by the ANP and, on the other hand, the will of the people in government, and among others even referring to the lack of knowledge of the existence of this strategic plan for culture. They also identified one of the main obstacles to implementing cultural policy in the country as having to do with government instability and a lack of political will. The conclusion that can be drawn is that there is a lack of mobilisation of human, material and financial resources to strengthen institutional capacities in the cultural sector in order to make the implementation of such a policy possible.