A diabetes é uma doença crónica extremamente prevalente, com elevados impactos a nível familiar, individual, social e económico. É uma das doenças crónicas mais exigentes do ponto de vista comportamental e psicológico, devido às tarefas referentes ao tratamento. Dado a exigência o apoio recebido pela família é chave para as pessoas com diabetes, apesar de sub-representado na investigação. Neste sentido, o presente estudo procurou adaptar um instrumento que permitisse avaliar o suporte social informal recebido pelas pessoas adultas com diabetes. O segundo objetivo deste estudo visou testar a relação entre o suporte social recebido e a qualidade de vida; através do papel mediador da auto-eficácia e dos distress. Obtiveram-se dados completos de 169 participantes de nacionalidade brasileira (Midade=41) com diabetes. Preencheram um protocolo composto por medidas de suporte social, de qualidade de vida, auto-eficácia e distress, bem como questões de caracterização sóciodemográfica e clínica. O suporte social recebido de caracter emocional e instrumental não estava diretamente associado à qualidade de vida, no entanto a auto-eficácia (mas não o distress) demonstrou-se positivamente associada à qualidade de vida. Estes dados corroboram o papel primordial da auto-eficácia na gestão eficaz da doença com implicações na qualidade de vida. Este trabalho contribui com a adaptação preliminar de um instrumento de suporte social recebido para a população adulta com diabetes e para a reflexão sobre os recursos sociais e individuais no contexto de uma doença crónica altamente prevalente.

Diabetes is an extremely prevalent chronic disease, with high impacts at the family, individual, social and economic levels. It is one of the most demanding chronic diseases from a behavioral and psychological point of view, due to the tasks related to treatment. Given the demand, the support received by the family is key for people with diabetes, despite being underrepresented in the research. In this sense, the present study sought to adapt an instrument that would allow assessing the informal social support received by adult people with diabetes. The second objective of this study aimed to test the relationship between the social support received and the quality of life; through the mediating role of self-efficacy and distress. Complete data were obtained from 169 participants of Brazilian nationality (Midade = 41) with diabetes. They completed a protocol composed of measures of social support, quality of life, self-efficacy and distress, as well as questions of socio-demographic and clinical characterization. The social support received of an emotional and instrumental character was not directly associated with quality of life, however self-efficacy (but not distress) proved to be positively associated with quality of life. These data corroborate the primary role of self-efficacy in the effective management of the disease with implications for quality of life. This work contributes with the preliminary adaptation of an instrument of social support received for the adult population with diabetes and for the reflection on social and individual resources in the context of a highly prevalent chronic disease.