O bem-estar social resulta das interações que temos ao longo da vida com outros membros da sociedade, permitindo-nos avaliar o nosso próprio bem-estar (Keyes, 1998). Considerando os contínuos desafios sociais enfrentados por líderes ambientais (Gallagher, 2012), o presente estudo pretendeu explorar o bem-estar social de doze líderes ambientais comunitários. Foram usadas metodologias de análise de conteúdo e frequência/ordenação, para compreender perspectivas em torno das cinco dimensões de bem-estar social. A dimensão mais relevante para os participantes foi a atualização social: associaram bem-estar social a “Capacidade de desenvolver”, “Relações com a comunidade” e “Causando um impacto” (relacionado às dimensões de atualização social, integração social e contribuição social de Keyes) e evocaram novas categorias de “Natural meio ambiente ”e“ direitos humanos ”. A contribuição social associou-se a atributos pessoais e integração social com confiança. O crescimento pessoal foi o aspecto mais relevante da atualização social. Os participantes demonstraram interesse em entender a organização das suas comunidades e citaram o trabalho árduo como o principal atributo para aceitar outros. Por fim, os participantes não associaram a integração social à afiliação coletiva, não se referiram a ações concretas ao falar sobre contribuição social e sua percepção como membros importantes das suas comunidades não foi afetada por terem mais de um ano de envolvimento comunitário. Estas três descobertas estão em contraste com a teoria de Keyes e estudos experimentais sobre bem-estar social. Estes resultados, embora preliminares, informam como estes líderes experimentam bem-estar social e superam os desafios sociais nas comunidades onde desenvolvem soluções ambientais.

Social well-being results from the interactions human beings have along their life experience with other members of society, allowing them to evaluate their own well-being (Keyes, 1998). Considering the continuous social challenges faced by environmental leaders (Gallagher, 2012), the present study aimed to explore the social well-being of twelve community environmental leaders. Content analysis and rank-frequency methods were used to understand participants’ perspectives around social well-being and its five dimensions. The most relevant dimension for participants was social actualization; they associated social well-being with “Ability to develop”, “Community relationships” and “Making an impact” (related to the dimensions of social actualization, social integration and social contribution of Keyes’ theory) and evoked the new categories of “Natural environment” and “Human rights”. Among participants, social contribution was associated to personal attributes and social integration with trust. Personal growth appeared as the most relevant aspect of social actualization. Participants showed interest in understanding the way their communities are organized and cited hard work as the main attribute for accepting others. Finally, participants did not associate social integration with collective membership, did not refer to concrete actions when talking about social contribution and their perception as important members of their communities was not affected by having more than a year of community involvement, three findings that are in contrast with Keyes’ theory and experimental studies on social well-being. These results, although preliminary, inform about how this type of leaders experience social well-being while overcoming social challenges within the communities where they develop environmental solutions.