Título
Serviço social e saúde mental: a prática profissional do assistente social na saúde mental em contexto hospitalar
Autor
Fortes, Carla Cristina Monteiro Teixeira
Resumo
pt
A presente dissertação surge no âmbito do Mestrado em Serviço Social no Instituto Universitário de Lisboa e consiste num estudo sobre o "Serviço social e saúde mental: a prática profissional do assistente social na saúde mental em contexto hospitalar", tendo como objetivo, analisar e compreender o processo de intervenção dos assistentes sociais nas pessoas com problemas de saúde mental e suas famílias e perceber as diferenças e similitudes entre Portugal e Cabo Verde no âmbito da Saúde Mental em contexto hospitalar.
Entende-se a pertinência do tema, uma vez que, verifica-se que os problemas relacionados com a saúde mental tem um impacto significativo nas sociedades, levantando a hipótese de se reflectir sobre as políticas de saúde mental, as intervenções que são realizadas, partindo do princípio que, a intervenção junto de uma pessoa com doença mental é um desafio não só para o doente e sua família, mas também, para os profissionais que actuam na área, sendo neste caso os assistentes sociais em contexto hospitalar.
Para a presente investigação foi utilizada uma metodologia qualitativa, atendendo os objectivos traçados, onde, foram realizadas pesquisas bibliográficas sobre o tema, trazendo os principais autores de referência como Iamamoto (2009), Fazenda (2008) e Bisneto (2007). Na sequência foram recolhidos os dados através de entrevistas a assistentes sociais que desempenham funções na área da Saúde Mental em contexto hospitalar, em Portugal e Cabo Verde.
Os resultados obtidos permitiram conhecer o processo de intervenção dos assistentes sociais na saúde mental em contexto hospitalar e perceber que os mesmos possuem especificidades próprias nas suas intervenções, como a promoção, a defesa e a garantia dos direitos sociais dos doentes mentais, bem como, dos seus familiares. Verificamos que apesar dos avanços e dos esforços em termos de políticas públicas de saúde mental, ainda existem necessidades a nível de respostas que vão ao encontro as necessidades dos doentes mentais, trazendo limitações nas intervenções por parte dos profissionais.
en
The present dissertation appears in the scope of the Master's Degree in Social Work at ISCTE-University Institute of Lisbon and consists on a study of "Social work and mental health: the professional practice of social workers in mental health in hospital context", with the objective of analyzing and understand the intervention process of Social Workers with people with mental health problems and their families and understand the differences and similarities between Portugal and Cape Verde in the frame work of Mental Health in hospital context.
The pertinence of the theme is understood, since it appears that the problems related to mental health have a significant impact on societies, raising the possibility of reflecting on mental health policies and the interventions that are carried out, starting from the principle that, the intervention with a person with mental illness is a challenge not only for the patient and his family, but also for the professionals who work in the area, being in this case Social Workers in hospital context.
For the present research, a qualitative methodology was used, meeting the outlined objectives, where bibliographical research on the theme was carried out, bringing the main reference authors such as Iamamoto (2009), Fazenda (2008) and Bisneto (2007). Subsequently, data were collected through interviews with social workers who work in the field of Mental Health in hospital context, in Portugal and Cape Verde.
The results obtained allowed to know the intervention process of social workers in mental health in a hospital context and realize that they have their own specificities in their interventions, such as the promotion, defense and guarantee of the social rights of the mentally ill, as well as family members. We found that despite the advances and efforts in terms of public mental health policies, there are still needs in terms of responses that meet the needs of the mentally ill, causing limitations in the interventions made by these professionals.