Pandemia COVID-19 trouxe consigo novos desafios para os indivíduos, nomeadamente a nível profissional e familiar, que podem afetar o seu bem-estar. Ademais, a necessidade de alterar as formas de trabalho contribuiu para o aumento do teletrabalho, o que pode também acarretar desafios únicos. Nesse sentido, e mais do que nunca, as organizações devem permanecer ativas e ter um papel primordial, através do suporte que fornecem aos seus trabalhadores. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi não só analisar o papel do suporte organizacional no bem-estar subjetivo dos trabalhadores, como a sua relação com o conflito trabalho-família (CTF) e o conflito família-trabalho (CFT) e, por sua vez, com o bem-estar subjetivo. Por fim, procurou-se perceber se o regime de trabalho, nomeadamente o trabalho presencial e o teletrabalho regular, moderaria a relação entre o suporte organizacional e o CTF e CFT. Para se proceder a análise destas relações, utilizou-se uma amostra de 365 trabalhadores que responderam a um questionário "online". Os resultados mostram que o suporte organizacional está significativamente associado ao bem-estar subjetivo, e que o CTF e o CFT medeiam essa relação, ou seja, quanto maiores níveis de suporte percecionado, menor conflito e, por sua vez, maior bem-estar sentido. Por seu turno, enquanto o regime de trabalho não se revela um moderador da relação entre o suporte organizacional e o CTF, este tem um papel moderador na relação com o CFT. Este estudo destaca o papel crucial das organizações na promoção do bem-estar e na redução do conflito trabalho-família dos trabalhadores e contribui para reforçar o conhecimento destas temáticas num contexto pandémico ainda por explorar.

The COVID-19 pandemic brought with it new challenges for individuals, namely at a professional and family level that can affect their well-being. Furthermore, the need to change ways of working has contributed to the increase in teleworking, which can also pose unique challenges. In this sense, and more than ever, organizations must remain active and play a key role, through the support they provide to their employees. Thus, the aim of this study was to analyze the role of organizational support in the subjective well-being of workers, and specifically, its relationship with work-family conflict (WFC) and family-work conflict (FWC) and, by in turn, its relationship to subjective well-being. Finally, we tried to understand if the work regime, namely face-to-face work and regular telework, would moderate the relationship between organizational support and WFC and FWC. To carry out the analysis of these relationships, a sample of 365 workers who answered an online questionnaire was used. The results show that organizational support is significantly associated with subjective well-being, and that the WFC and FWC mediate this relationship, that is, the higher levels of perceived support, the lowe is conflict and, in turn, the greater is the well-being felt by employees. In turn, while the work regime is not a moderator of the relationship between organizational support and the WFC, the latter has a moderating role in the relationship with the FWC. This study highlights the crucial role of organizations in promoting well-being and reducing work-family conflict among workers and contributes to strengthening current knowledge of these issues in a pandemic context still to be explored.