Título
O papel da autonomia no tempo de trabalho nas insónias: Um modelo de mediação moderada da exaustão emocional e do clima organizacional de saúde
Autor
Valente, Catarina Jacob
Resumo
pt
O teletrabalho passou a ser a nova realidade e, inevitavelmente, pode ter provocado alterações nas características do trabalho e na saúde dos trabalhadores. O principal objetivo consistiu em analisar o papel da autonomia no tempo de trabalho na saúde dos teletrabalhadores, em contexto do COVID-19. Assim, foi estudada a exaustão emocional como mediadora na relação entre a autonomia no tempo de trabalho e as insónias. Analisou-se o papel moderador dos níveis altos do clima organizacional de saúde (geral, com foco no exercício físico e com foco na alimentação saudável) na relação entre a autonomia no tempo de trabalho e a exaustão emocional. Foi ainda analisada a relação indireta da autonomia no tempo de trabalho nas insónias, através da exaustão emocional, em que a relação estava condicionalmente dependente dos níveis altos do clima organizacional de saúde. Realizou-se um estudo quantitativo com 376 teletrabalhadores. Os resultados confirmaram uma mediação total mas não verificaram a moderação. Pois, a relação negativa da autonomia no tempo de trabalho na exaustão emocional, foi mais forte para aqueles que percecionam um clima organizacional de saúde (com foco no exercício físico) mais fraco. Este estudo observou ainda que, a exaustão emocional uniu a autonomia no tempo de trabalho às insónias, e identificou uma condição limite: aqueles que percecionam altos níveis do clima organizacional de saúde (com foco no exercício físico), a exaustão emocional não consegue explicar a relação da autonomia no tempo de trabalho nas insónias. As implicações práticas foram discutidas, seguindo-se de direções para pesquisas futuras.
en
Teleworking has become the new reality and, inevitably, it may have caused changes in the characteristics of work and workers’ health. The main objective was to analyze the role of working time autonomy in the health of teleworkers, during the context of COVID-19. Thus, emotional exhaustion was studied as a mediator in the relationship between working time autonomy and insomnia. We analyzed the moderating role of high levels of the organizational health climate (general, focused on physical exercise and focused on healthy eating), in the relationship between working time autonomy and emotional exhaustion. The indirect relationship of working time autonomy in insomnia was also analyzed, through emotional exhaustion, where the relationship was conditionally dependent on the high levels of the organizational health climate. A quantitative study was conducted with 376 teleworkers. The results confirmed a full mediation but did not verify the moderation. Because the negative relationship of working time autonomy in emotional exhaustion was stronger for those who perceive a weaker organizational health climate (focused on physical exercise). This study also observed that emotional exhaustion linked working time autonomy to insomnia, and identified a limit condition: those who perceive high levels of the organizational health climate (focused on physical exercise), emotional exhaustion cannot explain the relationship between working time autonomy in insomnia. The practical implications were discussed, followed by directions for future research.