Título
From inclusive identities to inclusive societies: comparing the content, structure, and impact of all inclusive superordinate categories
Autor
Lima, Margarida Gil de Figueiredo Carmona e
Resumo
pt
Este trabalho analisa a ontologia de categorias supraordenadas all-inclusive (que incluem todos os seres humanos), e o seu papel na construção de sociedades mais inclusivas. Oito estudos examinaram o seu conteúdo, estrutura, e impacto nas relações intergrupais. Quanto ao conteúdo, um estudo qualitativo demonstrou que rótulos focados na cidadania global (e.g., "cidadãos do mundo") e na humanidade (e.g., "todos os seres humanos em qualquer lugar") ativaram diferentes significados prototípicos (Capítulo 2). Quanto à estrutura, cinco estudos de análise de protótipo demonstraram a estrutura prototípica da categoria "cidadãos do mundo" e o processamento cognitivo diferenciado dos seus atributos centrais e periféricos (Capítulo 3). Dois estudos compararam as representações cognitivas de “cidadãos do mundo” e “humanos” (Capítulo 4). Num estudo correlacional, os cidadãos nacionais percecionaram os migrantes como mais prototípicos de "cidadãos do mundo" (projeção exogrupal); não havendo projeção para "humanos". Num estudo experimental, a saliência de "humanos" (vs. "cidadãos do mundo") desencadeou perceções mais elevadas de entitatividade, essencialismo, e representações de dupla-identidade. Quanto ao impacto, estes estudos analisaram a ajuda prestada pelas comunidades de acolhimento aos migrantes (Capítulo 4). A identificação com “cidadãos do mundo” e “humanos” esteve associada a diferentes padrões de ajuda (orientada para dependência e autonomia); não havendo diferenças na ajuda intergrupal mediante manipulação da saliência das categorias. Genericamente, sugere-se que as categorias supraordenadas “all-inclusive” constituem realidades sócio-psicológicas distintas (i.e., conteúdo, estrutura, impacto), e que o significado e maleabilidade dos seus protótipos às motivações contextuais sociopolíticas e de estatuto importam para a sua eficácia enquanto identidades endogrupais comuns.
en
This work focused on the ontology of all-inclusive superordinate categories (encompassing all human beings) and their role in building more inclusive societies. Eight studies examined their content, structure, and impact on intergroup relations. Regarding content, a qualitative study showed that global citizenship-oriented labels (e.g., “citizens of the world”) and humanness-oriented labels (e.g., "all humans everywhere") activated different prototypical meanings (Chapter 2). Regarding structure, five studies relying on a prototype approach demonstrated that "citizens of the world" has a prototypical structure and there is differentiated cognitive processing for its central and peripheral attributes (Chapter 3). Two studies compared how “citizens of the world” and “humans” are cognitively represented (Chapter 4). A correlational study showed that national citizens perceived migrants as more prototypical of "citizens of the world" (outgroup projection); whether no projection occurred for "humans". An experimental study showed that the salience of “humans” (vs. “citizens of the world”) triggered higher entitativity and essentialist perceptions, and dual-identity representations. Regarding impact, these studies explored intergroup helping from host communities towards migrants (Chapter 4). Identification with "citizens of the world" and with “humans” was associated with different patterns of helping (dependency- and autonomy-oriented help); whether no differences on intergroup helping were found when categories’ salience was manipulated. Overall, results suggest that all-inclusive superordinate categories represent different socio-psychological realities (i.e., content, structure, and impact), and their differentiated spontaneous prototypical meaning, and particularly the malleability of their prototypes to contextual socio-status-political motivations, might have an important role in their effectiveness as common ingroup identities.