Atualmente a fraca representação do género feminino nos Conselhos de Administração é cada vez mais uma realidade abordada pelas entidades reguladoras europeias. Assim, com o objetivo de diminuir este cenário a Comissão Europeia pretende impor uma quota mínima, 40% dos cargos de administradores não-executivos de grandes empresas europeias cotadas, sejam mulheres. A presente dissertação pretende investigar a relação entre as variáveis da cultura criadas por Hofstede (1991) e a presença das mulheres nos conselhos de administração. Os resultados da análise empírica revelam que a percentagem média de mulheres nos conselhos de administração é mais elevada nos países onde os interesses coletivos estão acima dos interesses individuais, concluiu-se que o poder de aceitação de superiores hierárquicos é mais baixo quando o Conselho de Administração é constituído por um elevado número de mulheres. Os resultados estatísticos revelam que nos países que têm pouca capacidade para lidar com o incerto é onde a percentagem média de mulheres é mais elevada. Existe menos mulheres nas empresas localizadas nos países com maior tendência para poupar e investir. É nos países onde os indivíduos não se avaliam pelos bens materiais e aproveitam o tempo livre que a média de percentagem de mulheres é mais elevada no Conselho de Administração. As sociedades focadas na competição entre os indivíduos é onde existe menos mulheres nos conselhos de administração, a presença do género feminino é mais abundante nas sociedades centradas nos relacionamentos e desempenho social.

Currently the low representation of females on boards is increasingly a reality approached by European regulators. So, with the aim of reducing this background the European Commission intends to impose a share of 40% of the positions of non-executive directors of large listed European companies, are women. This dissertation aims to investigate the relationship between variables of culture created by Hofstede (1991) and the presence of women on boards of directors. The results of empirical analysis shows that the average percentage of women on boards is highest in countries where collective interests above individual interests are, it was concluded that the power of acceptance from hierarchical superiors is lowest when the board of directors consists of a large number of women. Statistical results reveal that countries have little capacity to deal with the uncertain is where the average percentage of women is higher. There are fewer women in companies located in countries with a higher tendency to save and invest. It is in countries where individuals can not be measured by material goods and enjoy their free time than the average percentage of women is higher on the board. Companies focused on competition between individuals where there are fewer women on boards of directors, the presence of the female gender is more plentiful in societies centered on relationships and social performance.