Num mercado cada vez mais competitivo, a importância da seleção e execução dos projetos adequados para cada organização é crucial para assegurar a sua performance. Benefits Realization Management surge como uma resposta para as organizações conseguirem selecionar e implementar os seus projetos e colherem os benefícios resultantes da sua execução. Nesse sentido, procurámos compreender qual é o nível de maturidade da Gestão de Benefícios no contexto organizacional português e averiguar quais são as principais barreiras e elementos impulsionadores destas práticas. Através do nosso estudo, verificámos que o foco dos gestores de projeto são os derivables do projeto em detrimento dos benefícios que se pretendem alcançar, levantando-se a hipótese de tal se dever a uma aparente falta de comunicação entre os stakeholders do projeto. Ademais, conseguimos recolher indícios que apontam no sentido de existir uma ausência de articulação entre estratégia, projetos e benefícios que se pretendem atingir no sector público português.

In an increasingly competitive market, the importance of selecting and executing the appropriate projects for each organization is crucial to ensure its performance. Benefits Realization Management emerges as an answer for organizations to be able to select and implement their projects and achieve the benefits resulting from their execution. In this regard, we sought to understand the maturity level of Benefits Management in the Portuguese organizational context and to identify the main barriers and driving elements of these practices. Through our study, we verified that the focus of project managers is the project's derivables rather than the benefits that are intended to be achieved, raising the hypothesis of an apparent lack of communication among the project's stakeholders. Furthermore, we were able to collect evidence that points to the absence of interconnection between strategy, projects and benefits that is aimed for in the Portuguese public sector.