A presente tese tem como propósito tentar determinar se foi possível ou não criar um senso de identidade soviética, ao invés de russa, ucraniana, moldava, entre outros, através da análise de obras infantis selecionadas dos anos 20 e 30. Para determinar isto, iremos analisar o contexto histórico e sociocultural nos primórdios da Revolução de Outubro e nos primeiros anos do projeto soviético, o seu contexto literário e a propaganda deste período. Comparando obras e artigos analisados sobre as diferentes temáticas que esta tese envolve, é possível encontrar certos padrões, comportamentos e receios assim como a persistência de certos lemas e formas de ver o mundo - Weltanschauung em alemão. Efetuou-se uma recolha de testemunhos a cidadãos do leste europeu de modo a poder aferir a eficácia e influência da propaganda nas suas vidas durante e anos após a queda da União Soviética. Não foi possível determinar sem margem de dúvida se os inquiridos se identificam como cidadãos soviéticos em questão de nacionalidade, mas foi possível encontrar padrões em certos comportamentos, maneiras de pensar e de contemplar a vida. Isto é conhecido dentro de estudos semelhantes por Homo Sovieticus.

The purpose of the present thesis is to try to determine whether it was possible to create a sense of Soviet identity, rather than Russian, Ukrainian, Moldavian, among others, through the analysis of selected children's works from the 1920s and 1930s. To determine this, we will analyse the historical and socio-cultural context in the early days of the October Revolution and the first years of the Soviet project, its literary context, and the propaganda of this period. By comparing works and articles analysed on the different themes that this thesis involves, it is possible to find certain patterns, behaviours, and fears, as well as the persistence of certain mottos and ways of seeing the world - Weltanschauung in German. After collecting testimonies of Eastern European citizens, we can try to assess the effectiveness and influence of propaganda in their lives during and years after the fall of the Soviet Union. It was not possible to determine beyond doubt whether the respondents identify themselves as Soviet citizens in terms of nationality, but it was possible to find patterns in certain behaviours, ways of thinking and contemplating life. This is known within similar studies as Homo Sovieticus.