A falta de informação e de medidas de evacuação no caso de tsunamis ou de qualquer outro fenómeno natural é um problema que deveria ser mitigado o mais rápido possível. Uma solução acessível é recorrer a modelações baseadas em agentes que permitem criar um mundo virtual onde é possível simular situações da vida real sem ser preciso adquirir ferramentas de custo elevado ou mesmo ajuda de terceiros. Neste trabalho será elaborada uma modelação baseada em agentes para poder simular a evacuação da praia da Figueirinha em Setúbal e aplicar a diferentes cenários de modo a conseguirmos estudar o comportamento das pessoas, poder implementar novas medidas de segurança ou mesmo contribuir com novas sugestões de evacuação. Esta modelação será feita recorrendo à linguagem Python utilizando também a biblioteca mesa-geo com o seu sistema de informação geográfico de modo a poder usar o território da praia com todas as suas caraterísticas mapeadas na simulação. Os resultados mostram que na maior parte dos casos a evacuação de emergência não é bemsucedida. Segundo as experiências efetuadas, quando a praia se encontra sobrelotada, cerca de 45% dos utentes da praia da Figueirinha não conseguem alcançar a zona de segurança antes da chegada da primeira onda, i.e., aproximadamente 35 minutos.

The lack of information and evacuation measures both in the case of tsunamis and in the case of any other natural phenomenon is a problem that should be mitigated as soon as possible. An affordable solution is to use agent-based model that allows us to create a virtual world where it is possible to simulate real-life situations without having to use expensive tools or even help from third parties. In this project an agent-based model will be developed to be able to simulate the evacuation of Figueirinha beach in Setúbal and apply it to different scenarios to study the behaviour of the people, implement new security measures or even contribute with new suggestions for evacuation. This model will be developed using the Python language, the mesa-geo library and the geographic information system built into it, in order to be able to use the beach territory with all its characteristics in the simulation. Results show that no matter how accessible the beach is, in most cases the evacuation is not successful. That said, according to the experiments, when the beach is overcrowded, we have about 45% of Figueirinha beach users who are unable to evacuate out of the flood zone before the arrival of the first wave, which is in 35 minutes of simulation.