Título
The view from the water: o aqueduto das águas livres: da construção aos novos paradigmas urbanos
Autor
Silva, Andreia Bastos
Resumo
pt
A “nova cidade”, muito mais complexa do ponto de vista formal, descontínua e que ocupa territórios
cada vez mais extensos, é a cidade contemporânea. É a cidade distópica, a cidade polinucleada, a
Metapolis de François Ascher. Face à dinâmica dos fenómenos urbanos, os quais carecem de um
modelo de referência, são necessárias novas abordagens de análise e de intervenção que consigam
responder às questões essenciais do desenvolvimento e do planeamento urbano das cidades
contemporâneas. Nomeadamente, através de novas formas de análise que se estabeleçam sobre os
valores biofísicos e paisagísticos do território mas também sobre questões mais imediatas impostas
pelos novos processos a que a cidade contemporânea e o desenho da sua forma urbana se
encontram expostos.
Esta investigação foca-se no espaço público e nos espaços livres - que ligam e separam as áreas
edificadas - para demonstrar que são estes espaços urbanos que importa analisar nas suas inúmeras
vertentes, alterações de uso e de padrões morfológicos, que testemunhem as relações estabelecidas
entre o território e o Aqueduto das Águas Livres. Tais transformações e relações estabelecidas,
colocam o espaço público como o elo capaz de relacionar os novos paradigmas do crescimento das
cidades contemporâneas não só pela sua permeabilidade aos diferentes acontecimentos e
fenómenos urbanos, mas também como interveniente diretos nos mesmos. Como caso de estudo
específico surge o Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, procurando refletir sobre: (1) o papel do
Aqueduto das Águas Livres, enquanto elemento dinamizador e criador do espaço público na cidade
de Lisboa e na sua área metropolitana e por conseguinte, definidor de forma urbana; (2) o papel do
aqueduto como importante elemento para a análise da evolução urbana da cidade de Lisboa e dos
territórios metropolitanos atravessados por ele; e ainda (3) novas abordagens e métodos de análise
das dinâmicas territoriais ocorridas na área metropolitana de Lisboa.
en
The "new city", much more complex formal point of view, discontinuous and occupying territories
increasingly widespread, is the contemporary city . It's a dystopian city, the city polynuclear , the
Metapolis of François Ascher. Given the dynamics of urban phenomena which have a lack of a
reference model, new approaches are needed for analysis and intervention that can answer
fundamental questions of development and urban planning of contemporary cities . Namely, through
new forms of analysis that are established on the biophysical and landscape values of the area but
also on more immediate issues imposed by the new processes that the contemporary city and the
design of its urban form are exposed.
This research focuses on public space and open spaces - which bind and separate the built
environment - to demonstrate that it is these urban spaces which must be considered in its many
aspects, changes of use and morphological patterns that witness the relations between territory and
Águas Livres Aqueduct. Such transformations and relationships established , put the public space as
the link able to relate the new paradigms of growth of contemporary cities not only for its permeability
to different events and urban phenomena , but also to intervene directly in them. As a specific case
study arises Águas Livres Aqueduct in Lisbon , seeking to reflect on: ( 1 ) the role of the Águas Livres
Aqueduct while driving force and creator of public space in the city of Lisbon and its metropolitan area
and therefore defining urban form , (2 ) the role of the aqueduct as an important element for the
analysis of urban evolution of the city of Lisbon and the metropolitan territories traversed by him, and (
3 ) new approaches and methods for the analysis of territorial dynamics occurring in the Lisbon Metropolitan Area.