A PEA é uma condição crónica com impacto no desenvolvimento neurológico dos indivíduos e, como consequência, à mesma estão inerentes barreiras que os indivíduos experienciam nos mais diversos contextos sociais, incluindo no contexto laboral. A literatura demonstra que os outcomes profissionais dos adultos autistas são inferiores aos da população geral, mas os estudos que visam as suas experiências profissionais são escassos. Considerando tal cenário, o presente estudo visa explorar a integração organizacional de adultos autistas no mercado de trabalho nacional, identificar potenciais barreiras à mesma e delinear perfis de competências e interesses que possam ser valorizados no contexto laboral. A amostra do presente estudo, recolhida em território nacional (n=35), é composta por 52% participantes do sexo feminino e a maioria dos que a compõem estão na faixa etária dos 25 aos 34 anos. Através dos dados recolhidos, foi possível verificar que 74% dos adultos autistas estão empregues e a maioria em cargos na área de Information Technology, sendo que quanto mais sobrequalificados são para os mesmos, menos satisfeitos estarão no seu trabalho. Adicionalmente, verificou-se que é nos domínios do conhecimento específico e da leitura e escrita que esta população mais se destaca e que é por temáticas como leitura e escrita e natureza e animais que mais se interessam. Por fim, os resultados partilhados apontam para a ideia de que os profissionais autistas têm mais dificuldade no processo de manutenção no MTN do que no processo de entrada no mesmo, mas esta hipótese deve ser estudada com mais detalhe.

ASD is a chronic condition with an impact on the neurological development of individuals, therefore causing barriers that individuals experience in various social contexts, including the work context. The literature shows that the professional outcomes of autistic adults are lower than the outcomes of the general population, but studies that target their professional experiences are scarce. Considering such a scenario, the present study aims to explore the organizational integration of autistic adults in the national labor market, identify potential barriers to it, and outline profiles of skills and interests that may be valued in the labor context. The present study’s sample, collected in the national territory (n=35), is composed of 52% female participants and the majority of those who compose it are in the age range of 25 to 34 years. Through the data collected, it was possible to verify that 74% of the autistic adults are employed and most of them in positions in Information Technology, and the more overqualified they are, the less satisfied they will be in their work. Additionally, it was verified that it is in the fields of specific knowledge and reading and writing that this population stands out the most and that it is in subjects such as reading and writing and nature and animals that they are most interested. Finally, the shared results point to the idea that autistic professionals have more difficulty in the process of maintenance in the national market labor than in the process of entry into it, but this hypothesis should be studied in more detail.