Título
Climate change and the representations of women: A canadian and american newspaper analysis
Autor
Chouinard, Laura Justine
Resumo
pt
As alterações climáticas representam uma ameaça para todas/os, mas os seus impatos são
mais sentidos pelas mulheres. Esta questão tem suscitado uma série de debates, incluindo
sobre: as formas de resolver estas desigualdades os mecanismos que tornam as mulheres
mais vulneráveis; e até ceticismo associado com relações de poder estruturais e
masculinidades associadas. No entanto, este debate raramente tem sido explorado numa
perspetiva sócio-psicológica e cultural, utilizando uma lente de género e interseccional para
uma compreensão mais aprofundada. Com a ajuda da Teoria das Representações Sociais, a
presente tese teve como objetivo fornecer essa perspetiva, analisando as representações
existentes sobre as mulheres no que diz respeito às alterações climáticas em na imprensa
escrita americana e canadiana. Recorrendo a uma análise temática reflexiva de conteúdo, os
resultados sugerem que a maioria dos jornais não discute muito a questão, apresentando uma
compreensão minimalista da mesma. Os resultados também sugerem que as mulheres são
frequentemente representadas pelo seu papel social, uma representação estreitamente
relacionada com a sua agência, e que as mulheres são predominantemente descritas como
"vulneráveis", promovendo a propagação dos estereótipos existentes. Finalmente, um
pequeno número de artigos discute os efeitos desproporcionais das alterações climáticas na
interseccionalidade, uma constatação que permite o reconhecimento de importantes impactos
psicossociais e da perpetuação das desigualdades de género. É necessária mais investigação
para compreender o papel fundamental dos meios de comunicação social na construção e
reforço das narrativas em torno do género e das alterações climáticas.
en
Climate change presents a threat for everyone but its impacts are and will be most felt by
women. This knowledge has sparked a number of discussions, including the ways to alleviate
this burden, the mechanisms that have rendered women more at risk and even a distinctive
scepticism brought on by structural power relations and associated masculinities. The
discussion however has rarely been explored with a social and cultural psychological
perspective, using both a gender and intersectional lens for deeper comprehension. With the
help of the Social Representation Theory, the present thesis aimed to provide such a
perspective by analysing the existing media representations about women in regards to climate
change in both American and Canadian newspapers. Using a content reflexive thematic
analysis, findings suggest that the majority of newspapers skim the surface of the issue by
rendering a minimalist understanding of it. Findings also suggest that women are often
represented by their social role, a representation closely related to their perceived agency, and
that women are predominantly described as ‘vulnerable’, allowing for the propagation of
existing stereotypes. Finally, a small number of articles do discuss the disproportionate effects
of climate change on intersectionality, a finding that underlies important psychosocial impacts
and the perpetuation of associated inequalities. Further research is needed to understand the
critical role of the media in constructing and reinforcing narratives surrounding gender equality
and climate change.