A saúde mental é um tema público de enorme relevância social e individual, cujos estudos, debates e casos de doença amplificaram durante e após a pandemia COVID-19. A presente dissertação aborda o desenvolvimento de medidas de promoção da saúde mental. Um dos métodos para promover o bem-estar psíquico é a arteterapia. A literatura demonstra que a prática de arteterapia por indivíduos com perturbações mentais no contexto de organizações e projetos profissionais é uma valiosa e eficaz união entre cultura e saúde mental. A investigação de teor qualitativo foca num projeto pioneiro em Portugal: O Grupo de Teatro Terapêutico do Hospital Júlio de Matos (atual CHPL), criado em 1968, foi desenvolvido para que pessoas com a experiência da doença mental, através da arte – o teatro –, ingressassem num processo terapêutico. Os atores-utentes do grupo, com o acompanhamento de profissionais da saúde e do teatro, criam, projetam e apresentam peças de teatro ao público, com qualidade e profissionalismo. O presente estudo analisa a metodologia utilizada pelo grupo, bem como os benefícios do teatro para os atores-utentes. A presente investigação analisa a existência, exemplificações, causas e medidas de combate ao estigma associado às perturbações mentais. Este trabalho pretende contribuir para que a saúde e a doença mental sejam temas enfrentados com abertura e conhecimento na sociedade.

Mental health is a public issue with an enormous social and individual relevance, whose studies, debates and cases of illness have amplified during and after the COVID-19 pandemic. This paper looks at the development of measures to promote mental health. One of the methods for promoting mental well-being is art therapy. The literature shows that the practice of art therapy by individuals with mental disorders in the context of organizations and professional projects is a valuable and effective union between culture and mental health. The qualitative research focuses on a pioneering project in Portugal: The Grupo de Teatro Terapêutico at Hospital Júlio de Matos (now CHPL), created in 1968, was developed so that people with the experience of mental illness could enter a therapeutic process through art – theater. The group's patient-actors, accompanied by health and theater professionals, create, design and present plays to the public with quality and professionalism. This study analyzes the methodology used by the group, as well as the benefits of theater for the patient-actors. This research analyzes the existence, examples, causes and measures to combat the stigma associated with mental disorders. This work aims to contribute to making mental health and illness a topic that is faced with openness and knowledge in society.