A comunicação e a religião estão conectadas desde o seu nascedouro e por essa razão é impossível a transmissão dos dogmas religiosos sem o instrumento comunicacional. Esta investigação procura entender o fenómeno das novas líderanças atavés da tríade que levou à Reforma Protestante: política, economia e teologia. O processo de mediatização passou por três momentos na história, segundo alguns autores, a invenção da rotativa (1450) foi a primeira, a informatização (1970) a segunda e a mediatização sóciotecnológica (atualmente) a terceira. A quarta onda do evangelho, para alguns é o fenómeno dos ‘desigrejados’, para outros, as microigrejas. Nunca a sociedade esteve tão conectada, nunca foi tão adaptável, nunca se mostrou tanto ao outro, nem esteve tanto tempo só, o que faz as pessoas ‘deixarem-se levar’ pelas pregações dos pastores. Sodré, (Sodré, 2002), fala do “ethos midiático”, a espetacularização do eu e do outro, já para Barbero, (Barbero, 1995, p.7) as novas tecnologias são o reencantamento descoberto pelos “protestantes”, dois conceitos absolutamente fulcrais para a afirmação da mediatização aqui abordada. Um aparato mediático de dimensão que veremos necessita de um enorme aporte financeiro. Algo que o uso das novas tecnologias vem potenciar e que fez as congregações começaram a raciocinar como o mercado, incentivando uma cultura de consumo e provocando uma menor legitimidade da instituição. Assim, foi utilizada a Análise em Componentes Principais (ACP) que demonstrou como se posiciona cada ator neste cenário dinâmico e passivo de constantes alterações. A ‘Quarta Onda do Evangelho’, aqui apresentada como o ‘póspentecostalismo’, retrata a Igreja Universal do Reino de Deus como a principal referência deste tema. Tema esse que iremos problematizar com maior incidência no espaço geográfico brasileiro mas também no português, ainda que se perceba que tenha tido uma menor expressão mediática.

Communication and religion are linked since their birthplace. It is impossible to convey religious dogmas without the communicational vehicle. This mediatization went through three moments in history. According to Soster (Soster, 2013, pp. 1-2) we live the third discontinuity of editorial relevance. The first one was the invention of the rotary (1850); the second was the informatization (1970), and the third was the sociotechnological mediatization. Society has never been so connected, has never been so adaptable, has never shown itself so much to the other, has never been alone for so long. Sodré (Sodré, 2002) talks about the “media ethos”, the spectacularization of the self and the other. Barbero (Barbero, 1995, p. 7) thinks that new technologies are the re-enchantment discovered by the “Protestants”. Casanova (Casanova, 1994, p. 6) talks about the “deprivatization of religion”. All this media apparatus needs a financial contribution, and new Technologies help raising funds. Denominations begin to reason like the market, encouraging a consumer culture and undermining the legitimacy of the establishment. For some people, the fourth wave of the gospel is the phenomenon of the “unchurched people”; for others are the microchurches (Martins & Nascimento, 2018). The research seeks to understand the phenomenon of new leaderships through the triad that led to the Protestant Reformation: politics, economy and theology. In this situation it was used the Principal Component Analysis (PCA), which showed how each actor is positioned in this dynamic and passive setting of constant alternations. The “Fourth Wave of the Gospel”, here presented as “post-Pentecostalism”, portrays the Universal Church of the Kingdom of God [UCKG] as a reference in the matter. Concerning Portugal, a cut will be taken from the studies of this thesis.