Esta pesquisa aborda a intervenção social culturalmente competente do Serviço Social no contexto imigratório da Região Autónoma da Madeira (RAM), procurando compreender as dinâmicas imigratórias locais, as formas de intervenção com imigrantes e os níveis de competências culturais dos profissionais de ajuda, especialmente dos assistentes sociais. A investigação, dividida em três fases e baseada numa metodologia mista, integrou três forças motrizes: dinâmicas (i)migratórias, intervenção social com imigrantes e competências culturais dos assistentes sociais. Foram utilizadas entrevistas exploratórias, semi-estruturadas e grupos focais para a recolha qualitativa de dados, seguidas pela aplicação de questionários aos profissionais de ajuda na RAM. A análise de conteúdo temática e o IBM SPSS Statistics foram utilizados para analisar os dados. Os resultados revelaram especificidades do contexto imigratório da RAM, influenciando a intervenção social dos assistentes sociais. A pesquisa concluiu que os profissionais de ajuda são culturalmente competentes, destacando-se pela atuação em contextos institucionais limitados e pela abordagem a formas diversas de intervenção. As implicações identificam a lacuna no desenvolvimento de competências culturais no contexto organizacional e apontam para futuras investigações nesse sentido. Destaca-se ainda a importância da capacitação dos profissionais no âmbito das práticas políticas, evidenciando a dimensão da autoridade/poder nos contextos de intervenção social, contribuindo para o avanço do Serviço Social.

This research goes into the culturally competent social intervention of Social Services in the immigration context of the Autonomous Region of Madeira (RAM), seeking to understand immigration dynamics, interventions with immigrants, and the cultural competence of social intervention professionals, especially social workers. Organized into three research phases with a sequential qualitative-quantitative strategy, the mixed methodology included qualitative data collection through exploratory interviews, semi-structured interviews, and focus groups with experts, researchers, and social interventionists. It concluded with a questionnaire survey for aid professionals practising social intervention in RAM—social workers, psychologists, social policy graduates, social educators, and sociologists—integrating the QCC-PA. Analysis used thematic content analysis and IBM SPSS Statistics. Results highlight immigration context specificities in RAM shaping culturally competent social intervention, with challenges like the absence of specific institutional contexts for immigrant intervention, diverse intervention forms, and varying cultural competence levels among aid professionals, particularly social workers. The study concludes that participating aid professionals demonstrate cultural competence in an immigration reality marked by family ties and recent immigrant integration vulnerabilities, within the domain of social workers. Main implications underscore the organisational context as a gap in developing cultural skills, suggesting a potential avenue for future research. Emphasizing the authority/power dimension in social intervention reinforces the importance of training aid professionals in political practices, significantly contributing to the field of Social Work.