Face ao crescente número de trabalhadores que adotam o nomadismo digital, torna-se crucial compreender melhor esta força de trabalho, cada vez mais relevante para as organizações. Nesse sentido, a presente dissertação pretende analisar o perfil demográfico, as motivações, os fatores de retenção e o impacto do isolamento social, com enfâse na comunicação e no índice de "burnout", proveniente do contexto de nomadismo digital dos profissionais nómadas digitais da área da Tecnologia da Informação (IT), em comparação com os trabalhadores não nómadas da mesma área. Os resultados da análise revelam uma homogeneidade das características demográficas entre os dois grupos. Adicionalmente, verifica-se que as motivações intrínsecas, como a liberdade e a autorrealização, são mais valorizadas pelos nómadas em comparação com as motivações extrínsecas, como fator de adoção deste estilo de vida. Em relação aos fatores de retenção, não existe uma preferência clara entre a localização geográfica e a cultura organizacional. Por outro lado, os nómadas digitais apresentam níveis semelhantes de eficácia comunicacional e menores índices de "burnout" em comparação com os trabalhadores não nómadas. Deste modo, concluiu-se que os nómadas digitais, evidenciando uma baixa intenção de mudar o seu estilo de vida, serão uma força de talento com uma importância cada vez maior para a viabilidade futura das organizações, sublinhando a importância das mesmas em adotar estratégias e ajustar a sua cultura organizacional, de modo a conseguirem atrair, reter e potenciar este grupo de trabalhadores.

Given the growing number of workers adopting digital nomadism, it becomes crucial to better understand this increasingly relevant workforce for organizations. In this context, the present dissertation aims to analyze the demographic profile, motivations, retention factors, and the impact of social isolation, with a focus on communication and burnout levels, resulting from the digital nomadism context among professionals in the Information Technology (IT) sector, compared to non-nomadic workers in the same field. The results of the analysis reveal homogeneity in the demographic characteristics between both groups. Additionally, it is observed that intrinsic motivations, such as freedom and self-realization, are more valued by digital nomads compared to extrinsic motivations as a factor for adopting this lifestyle. Regarding retention factors, no clear preference was found between geographic location and organizational culture. On the other hand, digital nomads exhibit similar levels of communication effectiveness and lower burnout rates compared to non-nomadic workers. Thus, it is concluded that digital nomads, showing a low intention to change their lifestyle, will become a talent force of increasing importance for the future viability of organizations. This highlights the need for companies to adopt strategies and adjust their organizational culture to attract, retain, and enhance this group of workers.