O presente estudo pretendeu compreender se os Cinco Grandes Traços de Personalidade (i.e., Neuroticismo, Extroversão, Amabilidade, Conscienciosidade, Abertura à Experiência) estão relacionados com o Bem-Estar Subjetivo (i.e., Satisfação com a Vida, Afeto Positivo, Afeto Negativo) e com o Bem-Estar Psicológico. Pretendeu-se ainda analisar a relação entre estas variáveis e o Equilíbrio Trabalho-Vida e verificar se este atuava como mediador na relação entre a personalidade e o bem- estar. De forma a analisar o modelo de investigação, foi criado um questionário online, sendo este composto por cinco escalas validadas para a população portuguesa e por um conjunto de questões sociodemográficas. A amostra foi constituída por 151 participantes, maioritariamente do sexo feminino (82.8%) e com idades predominantemente compreendidas entre os 18 e 34 anos (56.3%). Os resultados deste estudo corroboraram parcialmente as hipóteses definidas, já que foi possível verificar relações significativas entre os traços Neuroticismo, Abertura à Experiência e Extroversão e os dois tipos de bem-estar, bem como entre os traços Conscienciosidade e Amabilidade e a Satisfação com a Vida, Afeto Positivo e Bem-Estar Psicológico. Foi também possível verificar que o Equilíbrio Trabalho- Vida mediou a relação entre os traços de personalidade, com exceção da Conscienciosidade e Amabilidade, e os dois tipos de bem-estar. Estes resultados sugerem que ao promover o Equilíbrio Trabalho-Vida dos seus trabalhadores, as organizações aumentarão o bem-estar dos mesmos. A presente dissertação sugere ainda que as organizações devem ter em conta a personalidade dos trabalhadores, de modo a criar medidas e políticas que vão ao encontro das necessidades dos mesmos.

The present study aimed to investigate whether the Big Five Personality Traits (i.e., Neuroticism, Extraversion, Agreeableness, Conscientiousness, Openness to Experience) are related to Subjective Well-Being (i.e., Satisfaction with Life, Positive Affect, Negative Affect) and Psychological Well-Being. This study also aimed to analyse the relationship between these variables and Work-Life Balance, and to verify if the latter acted as a mediator in the relationship between personality and well-being. In order to analyse the research model, an online questionnaire was created, consisting of five scales validated for the Portuguese population and a set of sociodemographic questions. The sample consisted of 151 participants, mostly female (82.8%) and mainly aged between 18 and 34 (56.3%). The results of this study partially corroborated the defined hypotheses, since it was possible to verify significant relationships between the traits Neuroticism, Openness to Experience and Extraversion and the two types of well-being as well as between the traits Conscientiousness and Agreeableness and Satisfaction with Life, Positive Affect and Psychological Well-Being. It was also possible to verify that Work-Life Balance mediated the relationship between personality traits, with the exception of Conscientiousness and Agreeableness, and the two types of well-being. These results suggest that by promoting employees’ Work-Life Balance, organisations will increase their well-being. This dissertation also suggests that organisations should take their employees’ personalities into account in order to create measures and policies that meet their needs.