Teses e dissertações

Mestrado
Psicologia Social e das Organizações
Título

A identificação organizacional e a recordação de acontecimentos afetivos nas organizações

Autor
Ferreira, Maria Madalena Belard Frazão e Albuquerque
Resumo
pt
O presente trabalho pretendeu compreender de que forma a identificação organizacional (IO) condiciona a memória afetiva do individuo, nomeadamente a maneira como este se recorda de episódios afetivos, positivos e negativos, que ocorrem em contexto organizacional, e a representação cognitiva retrospetiva que o individuo faz destes episódios. Com base na teoria do nível de abstração (TNA; e.g. Trope & Liberman, 2003), advogámos que a congruência afetiva entre o nível de IO e a valência do episódio recordado pode ser uma dimensão de distância psicológica do indivíduo face ao acontecimento em causa. Neste estudo quasi-experimental (2x2: IO elevada vs. baixa x recordação de acontecimento afetivo positivo vs. recordação de acontecimento afetivo negativo), participaram 113 estudantes de 1º ano de licenciatura, do ISCTE-IUL. A IO foi medida e a valência do acontecimento afetivo recordado foi manipulada através do pedido de recordação de um incidente crítico que tivesse ocorrido no ISCTE-IUL e que tivesse evocado emoções positivas vs. emoções negativas. Consistentes com as nossas hipóteses, os resultados mostraram que quanto maior a congruência entre o nível de identificação do individuo à organização em que está inserido (alta vs. baixa) e a valência do acontecimento afetivo recordado (respetivamente positivo vs. negativo), menor é a distância psicológica do individuo a esse acontecimento; pelo que as descrições retrospetivas do acontecimento recordado se mostraram mais detalhadas, sendo esse episódio representado cognitivamente a um menor nível de abstração. Porém, não se verificou o efeito da congruência na intensidade emocional com que os participantes descrevem o acontecimento afetivo recordado.
en
The present study sought to understand how organizational identification (IO) determines individual´s affective memory, particularly the way he remembers affective events (positive and negative) that occur in an organizational context, and the retrospective cognitive representation that the individual makes about these episodes. Based on the Construal Level Theory (CLT; e.g. Trope & Liberman, 2003), we have advocated that the affective congruence between IO and the remembered episode´s valence may be a dimension of individual´s psychological distance from that event. In this quasi-experimental study (2x2: high vs. low IO x recollection of positive affective event vs. recall of negative emotional event) participated 113 students from the 1st year of degree, ISCTE-IUL. The IO was measured and the affective valence of the remembered event was manipulated by asking participants to recall a critical incident that had occurred at ISCTE-IUL that had evoked positive emotions vs. negative emotions. Consistent with our hypotheses, the results showed that the greater the congruence between the individual´s level of identification with the organization to which he belongs (high vs. low) and the affective valence of the remembered event (respectively positive vs. negative), the lower the individual´s psychological distance to that event; in this case, the retrospective descriptions of the remembered events were more detailed, and the episodes were cognitively represented at a lower level of abstraction. However, there was no congruence effect in the emotional intensity with which participants describe the remembered affective event

Data

30-jun-2015

Palavras-chave

Identificação organizacional
Organizational identification
Distância psicológica
Teoria do nível de abstração
Congruência afetiva
Memórias autobiográficas
Construal level theory
Affective congruence
Autobiographical memories
Psychological distance

Acesso

Acesso livre

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