Título
Liderança intercultural. As dimensões culturais de G. Hofstede e as práticas de liderança do LPI
Autor
Teodósio, João Paulo Correia
Resumo
pt
O presente estudo procura aferir se as práticas de liderança dos mestrandos se coadunam
com a caracterização da cultura portuguesa, resultante da interpretação dos índices que
Portugal apresenta nas dimensões culturais definidas por G. Hofstede, em 1980. O
estudo procura também detectar diferenças nas práticas de liderança entre géneros.
Na prossecução destes objectivos foi ministrado o questionário Leadership Practices
Inventory – 3 rd Edition, da autoria de M. Kouzes e B. Posner, a 116 mestrandos do
ISCTE.
No estudo foi confirmado que os mestrandos incidem mais em práticas de liderança de
Modelar o Caminho do que em práticas de Desafiar os Processos. Facto que é
consistente com os índices que Portugal detém nas dimensões culturais de Distância ao
Poder e Controlo da Incerteza. Foi também verificado que não existem diferenças
significativas, entre géneros, nas práticas de liderança de Promover a actuação dos
outros e Encorajar o Coração.
Os resultados do estudo permitem-nos caracterizar os mestrandos como líderes que:
tratam os seus colaboradores com dignidade e respeito; respeitam promessas e
compromissos; desenvolvem relações de cooperação com as pessoas com quem
trabalham; apreciam as contribuições da sua equipa e elogiam as pessoas pelo
trabalho bem feito. Os mestrandos são também líderes que não promovem nem
partilham uma visão de grupo.
en
The aim of this study is to realise if the leadership practices of the master students fit
with the characterization of the Portuguese culture made by G. Hofstede. This
characterization results from the interpretation of the Portuguese scores presented in
cultural dimensions defined by him, in 1980. The study also tries to find gender
differences in leadership practices.
To proceed with these goals it was distributed the Leadership Practices Inventory – 3rd
Edition, developed by M. Kouzes and B. Posner, to 116 master students from ISCTE.
In the study it was confirmed that the master students engage more in Model the Way
practices than in Challenge the Processes practices. This fact is consistent with the
Portuguese scores in Power Distance and Uncertainty Avoidance cultural dimensions.
No significant gender differences in Enable others to Act and Encourage the Heart
practices were found.
The results of the study allow us to characterize the master students as leaders that: treat
their collaborators with dignity and respect; respect promises and commitments;
develop cooperative relationships with the people they work with; appreciate the
contributions of their team and praise people for the job well done. The master students
are also leaders that neither promote nor share a group vision.