Faz este ano, exatamente 600 anos que D. João I reuniu em Torres Vedras o concelho régio onde se decidiu a expedição militar para Ceuta, que viria depois culminar nos gloriosos anos de expansão internacional que Portugal viveu pela altura dos Descobrimentos. Essa coincidência é sem dúvida inspiradora para um novo tempo em que as empresas portuguesas necessitam de um estímulo para produzirem cada vez mais de forma a levarem os seus produtos e serviços além-fronteiras. Portugal exportador , que sucessivamente tem vingado nos mercados externos e que tem conseguido crescer perante todas as adversidades, prestam um contributo absolutamente inestimável para a boa perceção de Portugal no exterior. A diplomacia económica acaba portanto por ter uma função catalisadora para o desenvolvimento da nossa economia, pois se é verdade que os portugueses têm um histórico de grande facilidade de comunicação com o exterior, também é verdade que os tempos estão muito diferentes, altamente competitivos e onde a informação circula a grande velocidade. Neste contexto, deve ser avaliado qual o contributo que o corpo diplomático espalhado pelo mundo pode dar a este propósito. Este projeto de mestrado tem como objetivo identificar os fatores critícos de sucesso da nova política de diplomacia económica, bem como avaliar a relação e os seus resultados práticos, entre os órgãos de soberania e diplomacia com o tecido empresarial português. Este projeto adota como base metodológica, a análise de dados sobretudo provenientes do Instituto Nacional de Estatistica e a AICEP, entrevistas a governantes, embaixadores e empresários. Adicionalmente, apliquei também um inquérito on-line a todo o universo das representações diplomáticas de Portugal pelo mundo, sem deixar de fora uma amostra de empresas com quem estas representações lidaram nos últimos dois anos, medindo não apenas o seu grau de satisfação com a nova política de diplomacia económica, mas também os potenciais aspetos de melhoria por estes identificados. Numa perspetiva global, pode-se inferir que o novo modelo de diplomacia económica é significativamente valorizado e reconhecido, quer pelo corpo diplomático, quer pelas empresas, sendo certo que estas últimas demonstraram menor otimismo em comparação com os diplomatas.

This year makes exactly 600 years that King D. João I gathered the county in Torres Vedras and where it was decided the Royal military expedition to Ceuta, which would culminate in the glorious years of international expansion that Portugal experienced during this time of the Discoveries. Portugal the exporter that has avenged on foreign markets and has managed to grow thanks to its merit and against all, provides an invaluable contribution to the perception of Portugal abroad, something that is particularly important at this time so complicated for our nation. Economic diplomacy eventually ends up having a catalytic role in the development of our economy, because it`s true that Portuguese have a history of communicating easily with the outside world, it is also true that times are very different, highly competitive and where information circulates at an impressive speed. In this context, the contribution that the diplomatic corps spread around the world can give should be evaluated. This master's project aims to identify the critical success factors of the new policy of economic diplomacy, as well as evaluate the relationship and its practical results, among the organs of sovereignty and diplomacy with the Portuguese business. This project takes as its methodological basis, the analysis of data primarily from the National Institute of Statistics (INE) and AICEP, interviews with government officials, ambassadors and businessmen. Additionally, there was also applied an online survey to Portuguese diplomatic missions spread around the world, without leaving out a sample of companies with whom these representations have dealt in the past two years, not only measuring their degree of satisfaction with the new economic diplomacy policy, but also concerning the potential improvements they identified. In a global perspective, it can be inferred that the new model of economic diplomacy is greatly valued and recognized, either by the diplomatic corps, as by companies, never the less the last showed less optimism compared to the diplomats.