Nas últimas décadas, assistiu-se a um aumento acentuado da sensibilização e preocupação da sociedade em geral, relativamente aos impactes das actividades empresariais no ambiente, em particular os altos níveis de poluição, a degradação ambiental, bem como os desastres ecológicos ocorridos. Começa-se a ter consciência de que os recursos não renováveis do planeta não são ilimitados e que os seus níveis de utilização não podem manter-se indefinidamente. Surge assim, no final da década de 80 do século passado, o conceito de desenvolvimento sustentável, visando satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade de satisfazer as necessidades das gerações futuras. Torna-se assim necessário que os gestores, empresários e responsáveis pelas empresas alterem a sua forma de estar no mercado, considerando o ambiente não mais como uma opção para as empresas, mas como uma questão de visão, de estratégia e muitas vezes de sobrevivência. Está-se perante um novo ciclo, é necessário repensar a gestão e as estratégias utilizadas. A gestão ambiental surge assim como forma de minimizar os impactes das actividades produtivas no ambiente e de rentabilizar ao máximo os recursos disponíveis de forma a obter vantagens competitivas. Tal é possível com a utilização ou reutilização mais eficiente dos recursos, a redução do consumo de energia, a implementação de sistemas de gestão ambiental, a análise dos indicadores ambientais e a definição de uma cultura ecológica na empresa. Este caso de estudo tem como objectivo analisar e avaliar o impacto financeiro e ambiental associado a investimentos realizados pela empresa Sapec Agro, bem como demonstrar que os investimentos ambientais só fortalecem as organizações e a sua posição competitiva e não devem ser encarados de forma negativa. A Sapec Agro desenvolve uma actividade considerada de “risco”, pelos produtos que manipula, e a acrescer a este facto está implantada numa zona ambientalmente sensível – Reserva Natural do Estuário, tendo assim uma responsabilidade maior no que diz respeito às questões ambientais.

On the last decades, there has been a marked increase in awareness and concern of society in general, due to the impacts of business activities on the environment, to do so, in great part, to the high levels of pollution, environmental degradation and ecological disasters that occurred. Society starts to be aware that non-renewable resources of the planet are not unlimited and that its level of use cannot continue indefinitely. For that reason, in the late 80s of the last century, the concept of sustainable development appears as a development that aims to meet present needs, without compromising the ability to meet the needs of future generations. Thus, becomes necessary for managers, entrepreneurs and owners of companies to change their way of acting on the market today. The environment is seen no longer as an option, but as a question of vision, strategy and frequently as a survival method. We are presently in a new cycle and it’s necessary to rethink the management and strategies used so far. Because of all these facts, the environmental management emerges to minimize the impacts of productive activities on the environment and to make the most of available resources, with the aim of achieving competitive advantage. This is possible with the use or reuse of resources more efficiently, reducing energy consumption, with the implementation of environmental management systems, with a good capacity of analysis of environmental indicators and a definition of an ecological culture in companies. This case study aims to analyze and evaluate the financial and environmental impacts associated with investments made by the company Sapec Agro, as well as to demonstrate that environmental investments only strengthen the organizations and their competitive position and should not be regarded negatively. The Sapec Agro has an activity considered "risky" due to the products that they manipulate, and that fact adding to its establishment in an environmentally sensitive area – The Estuary Nature Reserve, thus having a greater responsibility regarding the environmental issues.