Título
Acculturation strategies and outcomes of international retired migrants in Portugal
Autor
Dahab, Deborah
Resumo
pt
Os IRM (International Retired Migrants – Migrantes Reformados Internacionais) são um grupo demográfico em crescimento em Portugal. A literatura em Psicologia Social até hoje tem negligenciado a forma como este grupo realiza sua aculturação. Este estudo investigou as estratégias de aculturação adotadas pelos IRM, os resultados de sua adaptação psicológica e sociocultural, além de sua percepção de preconceito devido à idade avançada e por ser estrangeiro. Nós esperávamos que alguns dos pressupostos da literatura de aculturação (Berry, 1997) não fossem comprovados dada a especificidade deste grupo no que tange a idade e mudanças no estilo de vida associadas à reforma. O estudo foi realizado com os IRM que atualmente vivem em Portugal (N=131). Os participantes foram recrutados através de grupos de expatriados no Facebook e preencheram um questionário online que continha as medidas de interesse. Confirmando nossa hipótese, a Integração foi a estratégia que mostrou os maiores níveis de adaptação psicológica e sociocultural. Contudo, contrariamente à nossa hipótese e ao consenso na literatura sobre aculturação, a Separação foi a estratégia que mostrou os menores níveis de adaptação psicológica e sociocultural. A estratégia de Marginalização não produziu os piores resultados como a literatura geralmente sugere. Especulamos que possivelmente haverá um novo tipo de IRM “marginalizado” que se sente confortável em ‘não se identificar’ nem com a cultura original nem com a cultura local. Verificamos também que o preconceito percebido por ser estrangeiro é mais saliente que o preconceito percebido pela idade. Finalmente, o estudo sugere estratégias para integrar os IRM na sociedade portuguesa com o objetivo de manter aqueles que já estão no país e atrair aqueles que ainda não decidiram seu destino para o período da reforma.
en
The IRM (International Retired Migrants) are a growing demographic group in Portugal. The literature in Social Psychology has so far overlooked how this specific group acculturates. This study investigated the acculturation strategies adopted by the IRM, their psychological and sociocultural adaptation outcomes, and their perception of prejudice due to their advanced age and being a foreigner. We expected that some of the assumptions from the acculturation literature (Berry, 1997) might not hold, given the specificities of this group regarding age and changes in lifestyle associated with retirement. The study was conducted with IRM who currently live in Portugal (N = 131). The participants were recruited through expatriate groups on Facebook and completed an online questionnaire containing the measures of interest. Confirming our hypothesis, Integration was the strategy that showed the highest levels of psychological and sociocultural adaptation. However, contrary to our hypothesis and to the consensus in the acculturation literature, Separation was the strategy that showed the lowest levels of psychological and sociocultural adaptation. The Marginalization strategy did not produce the worst adaptation outcomes as the literature widely suggests. We speculate that there may be a new type of “marginalized” IRM that feels comfortable with ‘not identifying’ with host or original cultures. We also found that perceived prejudice against being a foreigner was more salient than perceived age prejudice. Finally, the study suggests strategies to integrate the IRM into Portuguese society aiming to keep those who are already in Portugal and attracting those who are still deciding their retirement destination.