Título
How depressive symptomatology influence productivity and quality of fife: a moderated mediation model
Autor
Lopes, Sara Lampreia
Resumo
pt
Este estudo examina a relação entre sintomatologia depressiva, produtividade (presentismo) e
velocidade de processamento de informação na qualidade de vida de uma amostra de
trabalhadores, testando um modelo de moderação mediada. Pretendemos testar se a
produtividade (presentismo) influencia a relação entre os sintomas depressivos e a qualidade
de vida, e se essa relação é influenciada por diferentes níveis de processamento de
informação. Os trabalhadores portugueses que participaram no nosso estudo (n =231)
preencheram três instrumentos auto-reportados e um teste neuropsicológico. A técnica de
bootstrapping foi usada para examinar o efeito indirecto dos sintomas depressivos na
qualidade de vida através da produtividade, e para examinar o papel moderador do
processamento de informação na associação entre a sintomatologia depressiva e a
produtividade. Os resultados revelam um efeito indirecto significativo e uma moderação
significativa, sendo a associação entre os sintomas depressivos e a produtividade apenas
moderada pelo processamento de informação nos seus níveis médios e elevados. Contudo, o
modelo de moderação mediada não obteve resultados estatisticamente significativos. Os
resultados sugerem que indivíduos com níveis mais elevados de processamento de informação
podem ter maiores dificuldades em concentrar-se no trabalho sem se distraírem com
problemas de saúde, bem como apresentar níveis inferiores de qualidade de vida. Estes
resultados possibilitam contribuições importantes para a literatura existente acerca do
funcionamento cognitivo e da produtividade em trabalhadores com sintomas depressivos, e os
seus efeitos na qualidade de vida. Esperamos que contribuam para o desenvolvimento de
intervenções organizacionais focalizadas nas necessidades específicas de indivíduos com
diferentes requisitos cognitivos.
en
This study examines the relationship betwen depressive symptomatology, productivity despite
sickness presence and information processing speed in quality of life, testing a moderated
mediation model. Therefore, we intend to test if productivity despite sickness presence
influences the relationship between depressive symptoms and quality of life and also if this
relation is conditional upon levels of information processing speed.
Portuguese workers that participated in our study (n = 231) completed three self-reported
measures and a neuropsychological test. A regression-based bootstrapping approach was used
to examine the indirect effect of depressive symptoms in quality of life through productivity
despite sickness presence and the moderating role of processing speed in the association
between depressive symptomatology and productivity despite sickness presence. Results
revealed a significant indirect effect and a significant moderation effect, with the association
between depressive symptoms and productivity despite sickness presence moderated by
information processing speed only in their medium and high levels. However, results of the
moderated mediation model were not statistically significant. Our findings suggest that
individuals with higher levels of processing speed may have more difficulty to focus on work
without being distracted by health problems, and also present lower levels of quality of life.
The present investigation made a significant contribution to the existing literature about
cognitive function and productivity in workers with depressive symptomatology, and their
effects on quality of life. We hope these results are investigated by additional studies, and
contribute to the development of organizational interventions which target the specific needs
of patients with different cognitive requirements.