Teses e dissertações

Doutoramento
Gestão
Título

A responsabilidade social empresarial: proposta de modelo de avaliação estudo em Moçambique

Autor
Sitoe, Mário Vicente
Resumo
pt
A empresa da era moderna, desempenha o papel de líder da nova identidade confrontada não apenas com a necessidade de produção de bens e serviços para satisfação dos clientes como também, de participar activamente no desenvolvimento da comunidade, através de programas ou investimentos económicos com enfoque social, aprendizagem organizacional contínua, criação de condições que propiciem a protecção do meio ambiente, em contraposição ao protagonismo assumido pelo Estado até aos princípios da segunda metade do século XX. Esta nova abordagem, assenta na responsabilidade social empresarial (RSE), novo paradigma de gestão. A empresa deve tomar a dianteira na resolução dos problemas da sociedade e, por essa via, levar a cabo grandes projectos de investimento em prol do desenvolvimento da comunidade, sem descurar o papel do Estado focalizado na regulação da actividade económica, das relações sociais e criação de um ambiente favorável (Stewart, 2002; Cohendet e Llerna (2001); Zadek et al., 2005). Esta forma de estar, implica uma revolução das preocupações empresariais apontando para um novo papel do gestor, que não se limita ao aumento da produtividade e do lucro, uma vez que a estratégia de actuação da empresa moderna deve necessariamente se mostrar comprometida com a causa social, pautar pela avaliação dos compromissos com os stakeholders considerando os aspectos éticos e sociais, pilares da RSE, que hoje têm primazia no negócio. Na procura de equilíbrio social, a RSE assume um sentido concreto, ganha espaço na resposta às pressões externas, tornando-se numa variável da avaliação da eficácia e efectividade das empresas no seio da comunidade. A nova postura centrada no respeito pelos princípios éticos e morais, fazendo com que as prioridades para a excelência da empresa não sejam apenas as económicas, devendo incorporar também apreciações sociais e ambientais, questionar os modelos clássicos de gestão que não atendem à dimensão sócio cultural e nem promovem a aprendizagem organizacional (Ashley, 2005; Matten e Moon, 2004; Harris et al., 2004; Zadek, 2004). Nesta discussão, ganha também substância o questionamento sobre os efeitos prejudiciais que historicamente a empresa causa à sociedade, onde novos desafios são colocados, reclamando-se um papel mais aberto da empresa o que requer uma significativa transformação no modo como faz o negócio e se relaciona com o mundo, devendo tornar-se co-responsável pelo desenvolvimento da sociedade, através de promoção de políticas sociais viradas para o desenvolvimento, promovendo uma cultura responsável para com o meio ambiente e cultivando o conhecimento através da aprendizagem de grupo e individual, dinamizando as particularidades da economia moderna e cada vez mais globalizada. A revisão da literatura permitiu verificar o trabalho desenvolvido relativamente à evolução do conceito e dos modelos de avaliação das práticas de RSE e a sua relação com o desempenho e resultados, culminando com a definição do modelo MARSE, específico para a prossecução desta investigação, operacionalizado através de um questionário, administrado no campo prático, resultando na obtenção de respostas 432 respostas válidas, em 102 empresas abarcando todas as zonas geográficas do país (norte, centro e sul), submetidas a análise e tratamento estatístico, cujo resultado confirmara a robustez e consistência do modelo. O tema RSE tem capitalizado bastante interesse, tanto entre académicos, como no seio dos empresários, gestores públicos e outros stakeholders. Com frequência assinalável, artigos sobre o tema são publicados e vários encontros são organizados, ainda assim, apesar de todo esse interesse e esforço em torno da sua abordagem, o exame da literatura específica sugere que a própria ideia, o conceito de RSE, características fundamentais, operacionalização e consequências para o mundo económico e social ainda são controversos.
en
The company's modern era, plays the leading role of the new identity not only confronted with the need to produce goods and services for customer satisfaction but also to participate actively in community development through programs focusing on economic or social investment, continuous organizational learning, creation of conditions for the protection of the environment, in contrast to the role assumed by the state until the beginning of the second half of the twentieth century. This new approach, based on corporate social responsibility (CSR), new management paradigm. The company should take the lead in solving the problems of society and, thereby, to undertake major investment projects for development of the community, without neglecting the role of the state focused on the regulation of economic activity, social relations and creating a favorable environment (Stewart, 2002; Cohendet and Llerna (2001), Zadek et al., 2005). This way of living, implies a revolution in business concerns by pointing to a new role of manager, which is not limited to increased productivity and profit, since the action strategy of the modern enterprise must necessarily show committed to social cause, guided by the assessment of commitments to stakeholders considering the ethical and social pillars of CSR, which take precedence in the business today. By seeking to balance social, CSR assumes a concrete sense, is gaining ground in response to external pressures to become a variable in assessing the efficiency and effectiveness within the business community. The new approach focused on respect for ethical and moral principles, so that the priorities for the excellence of the company are not only economic but must also incorporate social and environmental assessments, questioning the classical models of management that does not meet the socio cultural and or promote organizational learning (Ashley, 2005; Matten and Moon, 2004, Harris et al. 2004; Zadek, 2004). In this discussion, also gains substance questioning about the harmful effects that historically the company cause to society, where new challenges are posed, claiming to be a more open company which requires a significant transformation in the way it does business and relates with the world, should become co-responsible for the development of society through the promotion of social politics facing the development, a culture promoting responsible for the environment and cultivating knowledge through group and individual learning, fostering the peculiarities of the modern economy based on globalization. The literature review has shown the work on the evolution of the concept of evaluation models and practices of CSR and its relationship to performance and results, culminating in the model definition MARSE, specific for pursuing this research, operational through A questionnaire administered in the practical field, resulting in obtaining responses 432 valid in 102 companies covering all geographical areas of the country (north, central and south), and subjected to statistical analysis, which confirmed the robustness and consistency of the model. The theme of CSR has capitalized enough interest, both among academics and within the entrepreneurs, public administrators and other stakeholders. With remarkable frequency, on the topic are published and several meetings are organized, yet despite all this interest and effort around its approach, the specific examination of the literature suggests that the very idea, the concept of CSR, key features , operations and consequences for the economic and social world are still controversial.

Data

20-mar-2014

Palavras-chave

Responsabilidade social empresarial
Corporate social responsibility
Desenvolvimento sustentável
Sustainable development
Aprendizagem organizacional
Learning organizations
Ética no negócio
Ethics of the business

Acesso

Acesso livre

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