Título
Where healthcare takes place: A route to patients well-being
Autor
Andrade, Cláudia Raquel Campos
Resumo
pt
Tem-se acumulado evidência de que as características objectivas do ambiente físico
hospitalar têm impacto sobre o bem-estar dos doentes. Argumentamos que o
conhecimento acerca do papel do ambiente físico hospitalar está incompleto se não se
considerarem os mecanismos psicológicos subjacentes, e se não se determinar a sua
contribuição específica. O Estudo 1 apresenta a adaptação e validação de uma medida
da percepção da qualidade do ambiente hospitalar. O Estudo 2 mostra que a relação
entre a qualidade objectiva do ambiente físico e o bem-estar dos doentes é mediada
através das suas percepções acerca do ambiente físico e social, estando estas altamente
correlacionadas; e que este processo é moderado pela condição do doente. Embora não
se tenham encontrado diferenças na relação entre a qualidade objectiva do ambiente
físico e as percepções do ambiente físico e social; a satisfação dos doentes internados é
explicada pela percepção do ambiente social, enquanto a dos doentes na consulta é
explicada pela percepção do ambiente físico. O Estudo 3 revela que as pessoas associam
a qualidade do ambiente físico à do social e que ambas comunicam uma mensagem
sobre o bem-estar que pode ser esperado. Finalmente, o Estudo 4 mostra que,
controlando o efeito do ambiente social, o ambiente físico tem um efeito independente
sobre o bem-estar, mas apenas quando é inadequado. Globalmente, estes resultados
demonstram a relevância do ambiente físico para a experiência dos doentes e sugerem a
necessidade de uma abordagem mais abrangente na compreensão da influência do
ambiente físico hospitalar.
en
Evidence has been accumulated showing that the objective features of hospital physical
environment have an impact on patients’ well-being. We argue that our understanding
the role of the hospital physical environment is incomplete without an account for the
underlying psychological mechanisms involved, and without determining its specific
contribution. Four studies are presented. Study 1 presents the adaptation and validation
of a measure of hospital environmental quality. Study 2 showed that the link between
the objective physical environment and patients’ well-being is mediated through
perceptions of hospital physical and social environments, highly correlated; and that this
process is moderated by patients’ status. For both inpatients and outpatients, objective
environmental quality predicts the perceptions of the hospital physical and social
environments. However, it is the perceived quality of the physical environment that
predicts outpatients’ satisfaction, whereas inpatients’ satisfaction predicted by the
quality of the social environment. Study 3 revealed that the quality of the hospital
physical and social environments are associated in people’s minds, and communicate a
message about the well-being that can be expected. Finally, Study 4 showed that the
physical environment has a significant effect on expected well-being, regardless of, and
over and above, the quality of the social environment, but only when it is inadequate.
This set of results substantiates the relevance of the physical environment to patients’
experience. All together, our work suggests the need of a more comprehensive approach
to improve the understanding of the influence of hospital physical environment.