A presente dissertação interliga duas áreas de pesquisa: adaptação intercultural e relações intergrupais, examinando o papel dos fatores intergrupais enquanto antecedentes, moderadores e manifestações de adaptação intercultural. Primeiramente, o estado de arte foi investigado para identificar os fatores intergrupais mais relevantes para a adaptação, tal como os fatores omitidos. O Capítulo 2 relata uma revisão sistemática da literatura incluindo 217 estudos quantitativos sobre adaptação intercultural com antecedentes socio-contextuais de adaptação intercultural. O Capítulo 3 relata um estudo com 119 meta-análises diferentes de 213 estudos primários, demonstrando a alta relevância de fatores intergrupais tais como discriminação percebida ou contato intergrupal. Seguidamente, conduziram-se estudos com populações em adaptação para compreender as associações entre adaptação intercultural e fatores intergrupais. O Capítulo 4 relata um estudo online de 220 estudantes internacionais que sugere que o papel da identificação social no processo de adaptação é ambivalente, dependendo se o grupo de referência está ou não associado com a cultura de origem. O Capítulo 5 relata três estudos demonstrando que o grau de adaptação é refletido ao nível da cognição social, isto é, na valência das representações do exogrupo nacional maioritário. No Capítulo 6, as principais conclusões deste trabalho, tal como as suas implicações, são discutidas. Em geral, esta dissertação demostra que as associações entre os fatores intergrupais e a adaptação são consistentes e muitas vezes fortes, sugerindo que ao apoiar a adaptação dos imigrantes e sojourners, pode-se contribuir para a harmonia das relações intergrupais nas sociedades multiculturais de hoje.

This thesis bridges two scientific fields: cross-cultural adaptation and intergroup relations, by examining the role of intergroup factors as antecedents, moderators and manifestations of crosscultural adaptation. In the first step, the current state of the art was investigated to identify those intergroup factors that are the most relevant to adaptation and those that are understudied. Chapter 2 reports a systematic review of literature covering 217 quantitative studies including social-contextual antecedents of cross-cultural adaptation. Chapter 3 reports a study consisting of 119 different meta-analyses of 213 primary studies showing high relevance of intergroup factos such as perceived discrimination or intergroup contact. In the second step, several studies with adapting populations were conducted to better understand the connections between cross-cultural adaptation and intergroup factors. Chapter 4 reports an online survey of 220 international students suggesting that the role of social identification in the adaptation process is ambivalente and depends on whether the reference group is associated with the culture of origin or not. Chapter 5 reports a set of three studies demonstrating that adaptation is reflected at the level of social cognition, that is, in the valence of representations of the host national outgroup held by newcomers. In Chapter 6, I discuss the main insights from this work and their implications. Overall, this thesis shows that the links between intergroup factors and adaptation are consistente and often strong, which suggests that by supporting immigrant and sojourner adaptation, one contributes to building harmonious intergroup relations in today's multicultural societies.