Título
Job quality of young graduates in southern European countries
Autor
Dias, Maria do Rosário Carvalho Marques
Resumo
pt
As políticas internacionais relacionadas com o emprego e sistema educativo
espalharam a preocupação com a qualidade do emprego. Esta dissertação utiliza o
European Union Labour Force Survey para explorar a qualidade do emprego dos jovens
licenciados e mestres nos países do Sul da Europa, nomeadamente, Portugal, Grécia e
Itália. Após analisar as características da qualidade do emprego, estas foram adaptadas à
informação disponível na base de dados. Uma análise de cluster permitiu perceber as
diferentes tipologias que prevalecem em cada país. Os resultados obtidos mostram que os
jovens (20-24 anos) prevalecem na tipologia com o rendimento mais baixo, contrato
involuntário de duração flexível, part-time e trabalho atípico, entrando no mercado de
trabalho através destas condições, estando à procura de outro emprego. Jovens adultos
(25-29 anos) graduados prevalecem numa tipologia com rendimento moderado, contrato
de sete meses a duração ilimitada, full-time e horas de trabalho típicas. Contudo, alguns
graduados têm um emprego estável com contrato indeterminado, full-time a trabalhar
longas horas, rendimento mais alto e perturbações no equilíbrio entre trabalho e vida
pessoal. Considerando a distribuição dos graduados por qualidade de emprego, cerca de
um terço da amostra identifica-se com uma tipologia enquanto que pouco mais de metade
tem uma combinação entre duas. Isto mostra que ter uma educação superior já não é
suficiente para garantir um emprego de alta qualidade para todos os graduados.
Responsáveis políticos devem ter iniciativas para incentivar os empregadores a promover
a qualidade do emprego e permitir que os jovens tenham uma melhor transição e trajeto
dentro do mercado de trabalho.
en
International policies related to employment and the education system have spread
concern about job quality. This dissertation uses the European Union Labour Force
Survey to explore the job quality of young bachelor and master graduates in Southern
European Countries, namely Portugal, Greece and Italy. After analysing the
characteristics of job quality, those were matched with the available information in the
database. A fuzzy cluster analysis allowed to understand the different typologies
prevailing in each country. The results achieved show that the young graduates (20 to 24
years old) prevail in the typology with the lowest income, involuntary contracts with
flexible duration, part-time job and some atypical work, entering the labour market
through these conditions and they are searching for another job. The young adult
graduates (25 to 29 years old) prevail in a typology with moderate income, contract from
seven months to unlimited duration, full-time and working regular hours. However, some
graduates are assigned to stable jobs with long-term contract, full-time job working long
hours, higher income and disturbances in work-life balance. Considering the distribution
of the graduates by job quality, around a third of the sample is aligned with a single
typology where slightly more than half has a combination of two. This shows that having
a higher education is no longer sufficient to guarantee a high-quality job for all graduates.
Policy-makers should take initiatives to encourage employers to foster job quality and
allow young people to have a better transition to and trajectory in the labour market.