Título
The role of emotions in the construction of the EU’s external borders: A discourse analysis of fear and pity in the securitization of migration in 2015-2016
Autor
Levy, Caio Ferraz
Resumo
pt
Essa dissertação explora o poder das emoções na securitizacão das migracões durante a crise
de refugiados de 2015, focando em como a pena e o medo afetam o regime integrado de
fronteiras da União Europeia (UE). Usando a teoria da securitização proposta pela Escola de
Copenhaga como base, a dissertação propõe a análise do papel das emoções na construção
discursiva de ameaças e as consequentes políticas estabelecidas. O estudo então procura por
registos de emoções nos discursos da UE para entender como tais elementos são relevantes
para a securitização das migrações e a construção de um regime de fronteiras reforçado. É então
argumentado que pena, em vez de medo, é a emoção predominante através da qual a UE
enquadra refugiados e requerentes de asilo. Usando análise critica de discurso de inspiração
pós-estruturalista nos discursos da Comissão Europeia entre 2015-2016, quando mutiplas
politicas de fronteira foram formuladas e alteradas, a frequência de conteúdo indutor de pena é
paradoxalmente incompatível com as ações restritivas propostas pela Agenda Europeia para as
Migrações. No entanto, usando a teoria da securitização é possível observar que pena é o
elemento que permite a UE efetivamente construir a crise de refugiados como uma ameaça
existencial para a qual politicas extraordinárias são formuladas e justificadas. Por outro lado,
direcionando conteúdo indutor de medo a repostas individuais e desagregadas de seus Estados
Membros relativamente à crise, a UE subverte a crise num discurso securitário que justifica o
reforço da gestão integrada de fronteiras.
en
This dissertation unpacks the power of emotions in the securitization of migration during the
2015 refugee crisis, shedding light on how pity and fear affected the European integrated border
regime. Building up on the Securitization Theory developed by the Copenhagen School, the
dissertation studies the role of emotions in the discursive construction of threats and the
entailed policy responses. It sets out to trace registers of emotions in the EU’s discourses to
understand whether and how such elements are relevant for the securitization of migration and
the construction of a strict border regime. Unlike most of the literature on emotions in the
securitization of migration, I argue that pity, instead of fear, is the predominant emotion
through which the EU frames refugees and asylum seekers. Using a poststructuralist-inspired
discourse analysis framework in the speeches of the European Commission between 2015 and
2016, when multiple border policies were formulated and altered, the frequency of pityinducing
content paradoxically appears at odds with the restrictive actions proposed by the
European Agenda on Migration. However, drawing upon Securitization Theory, it can be
argued that pity is the element that allows the EU to effectively construct the refugee crisis as
an existential threat to which extraordinary policy responses are produced and justified. On the
other hand, by directing fear-inducing content to individual and disaggregated responses of
Member States towards the crisis, the EU was able to subvert it into a securitized discourse that
justifies the reinforcement of the EU’s integrated border regime.