Graças às metamorfoses tecnológicas que afetam o curso de vida e, consequentemente, facilitam a mobilidade, verifica-se um abandono do estilo de vida sedentário em prol da adesão ao Nomadismo Digital, culminando num estilo de vida independente de localização. Assim, surge uma nova modalidade de trabalho remota, denominada de workation, que facilita a combinação do trabalho e do lazer, tendo um impacto na vida dos nómadas digitais. Apesar da popularidade em torno do tema, este continua a ser pouco explorado, nomeadamente na compreensão das motivações subjacentes a estas práticas e à forma como estas motivações podem variar consoante o tipo de nómada digital, especificamente no que diz respeito à liberdade de emprego. Assim, com base numa amostra de 112 nómadas digitais, testámos quais as motivações pessoais (fatores push) e as características da localização (fatores pull) que influenciam a decisão de escolher o workation. Em seguida, examinámos o efeito moderador da liberdade dos nómadas digitais. Os resultados mostram que os fatores push não explicam a escolha do local de workation e que a mesma é influenciada por fatores pull relacionados com as atividades recreativas ao ar livre. Além disso, os resultados também demonstram um efeito moderador da liberdade dos nómadas digitais na relação entre um fator pull relacionado com os incentivos e a escolha do local de workation. Este trabalho acrescenta importantes perspetivas conceptuais ao novo tópico do trabalho remoto, ao mesmo tempo que fornece implicações práticas e discute potenciais limitações dos instrumentos atuais utilizados para avaliar este fenómeno.

Due to technological advancements that affect lifestyle and consequently facilitate mobility, there is a shift from sedentary routines toward Digital Nomadism, resulting in a location-independent way of life. Adding to this, a recent trend shows workation as a new form of remote work, that blends work and leisure. Despite its popularity, workation remains under-explored, particularly in understanding the motivations behind these practices and how these motives may vary according to the type of digital nomad, specifically regarding employment freedom. Accordingly, based on a sample of 112 digital nomads, we tested which personal motivations (push factors) and location characteristics (pull factors) influence the decision to choose workation. We then examined the moderating effect of digital nomad freedom. Findings show that push factors do not explain the choice of workation, which is influenced by pull factors related to outdoor recreational activities. Moreover, the results also demonstrate a moderating effect of digital nomad freedom on the relationship between a pull factor related to incentives and the choice of workation. This work adds important conceptual insights into the novel topic of workation while providing practical implications and discussing potential limitations of current instruments used to assess this phenomenon.