Nos últimos anos, a literatura tem vindo a verificar um interesse acrescido pelo lado destrutivo da liderança, no entanto, esta corrente de investigação, encontra uma representação diminuída na literatura, quando comparando com os estudos relativos aos comportamentos positivos da liderança. Tendo em conta as possíveis consequências prejudiciais decorrentes dos comportamentos destrutivos associados à liderança a sua investigação é de extrema relevância. No presente estudo procurou-se determinar os efeitos prejudiciais da supervisão abusiva nas intenções de turnover. Analisando ainda o efeito mediador do "work engagement" e o efeito moderador do apoio organizacional percebido na relação supramencionada. Na teorização destas relações recorreu-se a alguns conceitos e teorias presentes na literatura associada à temática. De modo a confirmar as relações teorizadas, procedeu-se a distribuição de um questionário entre 200 trabalhadores em território nacional, sendo deste modo o estudo quantitativo. Após a análise cuidadosa dos dados, foi possível retirar algumas ilações importantes. Foi possível concluir que a supervisão abusiva verificava uma relação positiva direta com as intenções de turnover e uma relação negativa direta com o "work engagement". O "work engagement" verificava uma relação direta negativa com as intenções de turnover e mediava a relação entre a supervisão abusiva e as intenções de turnover. No entanto, o apoio organizacional percebido não verificou um efeito moderador na relação entre a supervisão abusiva e "work engagement". Em suma, o presente estudo permitiu retirar algumas conclusões relevantes tanto para a prática, como para a teoria, apontando ainda algumas direções de investigação futuras.

In recent years, the research literature has been increasingly verifying an interest in the destructive side of leadership. However, this line of research is less represented in comparison to studies focusing on positive leadership behaviors. Given the potential harmful consequences of destructive leadership behaviors, its investigation is of the utmost relevance. The present study aimed to determine the harmful effects of abusive supervision on the turnover intentions, while also analyzing the mediating effect of work engagement and the moderating effect of perceived organizational support in the aforementioned relationship. The theorization of these relationships drew upon various concepts and theories present in the related literature. To confirm the theorized relationships, a questionnaire was distributed among 200 workers nationwide, making this study quantitative. After careful analysis of the data, several important conclusions were drawn. It was found that abusive supervision had a direct positive relationship with turnover intentions and a direct negative relationship with work engagement. Work engagement had a direct negative relationship with turnover intentions and mediated the relationship between abusive supervision and turnover intentions. However, perceived organizational support did not have a moderating effect on the relationship between abusive supervision and work engagement. In summary, this study allowed the drawing of several relevant conclusions for both practice and theory, and it also suggested some directions for future research.