Título
“The Monster that is too big to tackle”: Experiences of microaggression by black professionals in the social work field in Portugal
Autor
Bilwani, Sania
Resumo
pt
O estudo buscou explorar as experiências de microagressão racial por profissionais da área de serviço social. O estudo amostrou propositalmente sete participantes que trabalham em diferentes setores da arena do serviço social. O desenho de pesquisa qualitativa foi usado para explorar as perspectivas dos profissionais da área. Devido ao contexto de pandemia, entrevistas em profundidade foram conduzidas via Zoom. As estruturas conceituais e teóricas de microagressão e racismo cotidiano, conforme descrito por Derald Sue e Philomena Essed, respectivamente, foram usadas para analisar os resultados e explorar os efeitos micro e meso da microagressão. Os resultados mostram a natureza da microagressão (micro-insulto, micro-invalidação, micro-agressão e microagressão de gênero), as experiências e consequências da microagressão. As experiências de microagressão no ambiente de trabalho indicam estereótipos dos profissionais negros e percepções deles como o “outro” racial, a tríade da microagressão do supervisor, subordinados e colegas de trabalho, fragilidade branca, pressão para assimilar, compatibilização étnico-racial, e a cultura organizacional que reproduz a microagressão. Os resultados indicam como as narrativas lusotropicais da identidade nacional portuguesa como um “bom” colonizador levaram à negação do racismo que perpetua a microagressão. A pesquisa também mostra as consequências da microagressão, principalmente os efeitos psicológicos, como baixa autoestima e sentimentos de impotência. Os participantes observaram mecanismos de enfrentamento internos e externos que incluem estratégias de prevenção, trabalhando duas vezes mais para conter o ônus da prova, buscando apoio externo ou abandonando completamente a organização. Este estudo recomenda que sejam estabelecidas campanhas de competência cultural e anti-racista, estratégias de contratação que visem a diversidade étnico-racial, programas de mentoria para profissionais negros e comitês de trabalho para implementar e prever estratégias e protocolos racialmente sensíveis.
en
The study sought to explore the experiences of racial microaggression by professionals in the social work field. The study purposively sampled seven participants who work in different sectors of the social work arena. The qualitative research design was used to explore the perspectives of professionals in the field. Due to the pandemic context, in depth interviews were conducted via Zoom. The conceptual and theoretical frameworks of microaggression and everyday racism, as outlined by Derald Sue and Philomena Essed respectively, were used to analyse the results and explore the micro and meso effects of microaggression. The results show the nature of microaggression (micro-insult, micro-invalidation, micro-assault and gendered microaggression), the experiences and consequences of microaggression. The experiences of microaggression in the workplace indicate stereotypes of the Black professionals and perceptions of them as the racial “other”, the triad of microaggression from the supervisor, subordinates and co-workers, white fragility, pressure to assimilate, ethno-racial matching, and the organisational culture that reproduces microaggression. The results indicate how lusotropical narratives of Portuguese national identity as a “good” colonizer led to the denial of racism which perpetuates microaggression. The research also shows the consequences of microaggression, particularly the psychological effects such as low self-esteem and feelings of powerlessness. Participants noted internal and external coping mechanisms which include avoidance strategies, working twice as hard to counter the burden of proof, seeking external support or stepping out of the organisation altogether. This study recommends that cultural competency and anti-racist campaigns, hiring strategies that aim ethno-racial diversity, mentorship programs for Black professionals and workplace committees to implement and foresee racially sensitive strategies and protocols are established.