Teses e dissertações

Doutoramento
Sociologia
Título

O género em recontextualização: trajetórias queer, pedagogias feministas

Autor
Rosa, Fernando Manuel André
Resumo
pt
Esta tese organiza-se para responder à questão: qual o tipo de conhecimento produzido pelos movimentos sociais, incidindo concretamente nos movimentos feministas e LGBTI. Partimos de um quadro teórico que afirma que os movimentos feministas e LGBTI são espaços de produção de saber e os ativistas dotados de criatividade e agência, a partir da qual impulsionam conhecimento pedagógico frente às condições da sua subalternização. Os ativistas são sujeitos sociais em formação porque exercem a sua ação coletiva em movimentos portadores de uma dimensão educativa, performativa e central para a formação do púbico a quem se destinam. As pedagogias feministas permitem-nos estudar os contextos formadores dos códigos de género onde assentam algumas categorias estruturais nas quais dividimos o mundo: masculino e feminino; público e privado; família e trabalho. A identidade individual passa, neste quadro concetual, a ser contextualizada como um dispositivo pedagógico sujeito a discursos, códigos e enquadramentos que nos vai permitir compreender o género em recontextualização. Nesta análise, usamos duas abordagens metodológicas: uma série de entrevistas narrativas com ativistas feministas e LGBTI, que nos permitem perceber como o percurso biográfico se constitui como uma trajetória de (re)produção de informação e produção de conhecimento; desenvolvemos também uma observação participante num projeto de intervenção feminista para a prevenção da violência de género, promovido pela UMAR. Esta intervenção permite-nos avaliar, quer as dinâmicas internas de circulação de saber no interior da organização feminista, quer as que se produzem quando o movimento feminista entra em interação com o próprio sistema de ensino oficial, a Escola.
en
This thesis is organized to answer the question: what kind of knowledge is produced by social movements, focusing specifically on feminist and LGBTI movements. We start from a theoretical framework that affirms the feminist and LGBTI movements as spaces of knowledge production and activists are endowed with creativity and agency from which they promote pedagogical knowledge in the face of the conditions of their subordination. Activists are social subjects training because they exercise their collective action in movements with an educational, performative and central dimension for the formation of the audience for whom they are intended. Feminist pedagogies allow us to study the contexts that form gender codes, which are based on some structural divisions in which we split the world: male and female; public and private; family and work., In this conceptual framework, the individual identity becomes framed as a pedagogical device, subject to speeches, codes and frameworks that will allow us to understand the gender in recontextualization. In this analysis we use two methodological approaches: a series of narrative interviews with feminist and LGBTI activists that allow us to perceive how the biographical path is constituted as a trajectory of (re)production of information and production of knowledge; we also developed a participant observation in a feminist intervention project for the prevention of gender violence, promoted by UMAR. This intervention allows us to evaluate both the internal dynamics of the circulation of knowledge within the feminist organization, and those that take place when the feminist movement comes into interaction with the official school system.

Data

18-fev-2022

Palavras-chave

Conhecimento
Knowledge
Movimentos sociais
Social movements
Discourse analysis
Feminismo
Pedagogy
Análise do discurso -- Speech analysis
Pedagogia -- Pedagogy
LGBTI
Basil Bernstein

Acesso

Acesso livre

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