Há uma história de análise das relações entre diferentes preconceitos, incluindo a interconexão do racismo, sexismo e especismo. Da mesma forma, vários estudos sugeriram que os preconceitos têm as mesmas causas subjacentes, sendo uma das mais significativas a Orientação para a Dominância Social (ODS; i.e., crença na legitimidade e desejabilidade das hierarquias). Portanto, se os preconceitos têm uma raiz comum (na ODS), lidar com apenas um deles deve resultar num efeito de redução do preconceito para todos os outros. O estudo atual examinou essa ideia testando o efeito de um desenho de intervenção para reduzir preconceitos em relação às mulheres, negros, e animais não-humanos, e testando a ODS como mediador. Os participantes foram aleatoriamente colocados numa de quatro condições (especismo, sexismo, racismo ou controlo), onde passaram por uma intervenção de redução do preconceito na forma de um contato imaginado. Os participantes expressaram fortes intercorrelações entre as atitudes SDO, sexismo, racismo e especismo. Contudo, as intervenções mostraram-se estatisticamente não significativas, assim como a mediação da ODS. Discutem-se as limitações do estudo e apresentam-se orientações para estudos futuros.

There is a history of analysis of relationships between different prejudices, including the interconnection of racism, sexism, and speciesism. Likewise, several studies suggested that prejudices have the same underlying causes and assumptions, one of the most significant being Social Dominance Orientation (SDO), or belief in legitimacy and desirability of hierarchies. Therefore, if prejudices have a common root (in SDO), tackling just one of them should result in spillover prejudice reduction effect to all the others via a reduction in SDO. The current study examined this idea by testing the effect of an intervention design to reduce prejudices towards women, black people, and non-human animals, and testing SDO as a mediator. Participants were randomly assigned to one of four conditions (speciesism, sexism, racism, or control) where they went through a prejudice reduction intervention in the form of an elaborative imagined contact induction. The participants expressed strong intercorrelations between the SDO, sexism, racism and speciesism attitudes. However, interventions proved to be statistically nonsignificant, alongside with the mediation of SDO. The limitations of the study are discussed and directions for future studies are provided.