A Crise Covid-19 impactou a realidade dos cidadãos e das empresas de uma forma brusca e inesperada, evidenciando as fragilidades das Cadeias de Abastecimento. Em resultado, foi emitida uma prolifica literatura relativa a esta área de especialidade. Nela reclamava-se uma necessária reestruturação das Cadeias de Abastecimento de modo a torná-las menos vulneráveis. O presente trabalho explora em que medida as recomendações dos especialistas na área foram postas em prática nas cadeias de abastecimento das empresas em Portugal. Recorrendo a uma metodologia qualitativa, baseada estudos de casos múltiplos, foram empreendidas entrevistas a Managers de empresas no nosso país. O estudo mostra que existe um grande alinhamento entre a literatura especializada e a prática que foi observada. As medidas mostraram a sua eficácia aplicada. Segundo os entrevistados essas medidas passarão a ter um caráter duradouro dentro das organizações. Por outro lado, às medidas que ainda não estão a ser implementadas, é lhes reconhecida importância, o que faz prever mais transformações. Assim, embora ainda exista um longo caminho a percorrer no sentido de tornar as cadeias de abastecimento mais resilientes, o primeiro passo, impulsionado pela presente crise, parece já ter sido dado.

The Covid-19 crisis impacted the reality of the citizens and the companies in a sudden way, showcasing the fragilities of their Supply Chains. As a result, an abundant extent of literature was developed around this area of expertise, demanding a necessary reform of the Supply Chain, favoring less vulnerability. This Project explores how the experts’ recommendations are carried out in the Supply Chains of Portuguese companies. Resorting to a qualitative methodology, based on multiple cases, were undertaken interviews to Supply Chain Managers in Portugal. The study shows that there is a vast alignment between the experts’ literature and the reality observed. The measures demonstrated efficiency when applied. According to the interviewees these measures will become long-term practices within the organizations. On the other hand, the measures that are not yet implemented, are recognized to be important, which forecasts more transformations. So, even though there is a long way to go in the direction of making the Supply Chains more resilient, the first step, driven by the current crisis, seems to have already been given.