Título
O teletrabalho e o stress: Papel do conflito trabalho-família e do distanciamento psicológico
Autor
Rosa, Constança Perry Alencastre Guerreiro
Resumo
pt
A evolução tecnológica tem permitido alterações nas metodologias de trabalho,
possibilitando o teletrabalho na sociedade. O principal objetivo do estudo consiste em analisar
o papel das exigências do teletrabalho no stress experienciado pelos indivíduos. Deste modo,
foi inserida a variável conflito trabalho-família, enquanto mediadora, na relação com as
exigências do teletrabalho e do stress. Assim, podem-se inferir dois tipos de exigências
(exigências quantitativas; exigências emocionais) e, dois tipos de stress (stress de tempo;
ansiedade). Estudou-se ainda o papel moderador do distanciamento psicológico na relação entre
as exigências do teletrabalho e o conflito trabalho-família, assim como na relação entre o
conflito trabalho-família e o stress. Realizou-se um estudo quantitativo com 253 indivíduos, em
contexto de teletrabalho. Através dos resultados confirma-se que o conflito trabalho-família
tem um papel mediador na relação entre as exigências do teletrabalho e o stress, em ambas as
dimensões. Logo, entende-se que os indivíduos que acusam elevados níveis de exigência, terão
maior dificuldade em definir limites entre o meio pessoal e profissional, originando conflito e,
consequentemente, stress. Em relação aos resultados das hipóteses de moderação, verificou-se
que, embora não haja um efeito moderador do distanciamento psicológico, houve um efeito
negativo e significativo no conflito trabalho-família, isto é, a prática de distanciamento
psicológico reduz os níveis de conflito trabalho-família, no indivíduo. Este mesmo efeito foi
verificado também no stress de tempo e na ansiedade. Logo, compreende-se a importância do
distanciamento psicológico no bem-estar dos indivíduos. Foram ainda discutidas limitações e
implicações práticas do estudo, fornecendo diretrizes para investigações futuras.
en
Technological evolution has allowed some changes in work methodologies, making
possible teleworking on the society. The main goal was to analyze the teleworking demands in
the stress experienced by the individuals. Thus, work-family conflict was studied as a mediator
in the relationship with teleworking demands and stress. Thereby, can be deduce two types of
teleworking demands (quantitative demands; emotional demands) and two types of stress (time
stress; anxiety). We analyzed the moderating role of psychological detachment in the
relationship between teleworking´s demands and the work-family conflict, as well as in the
relationship between the work-family conflict and stress. A quantitative study was conducted
with 253 individuals, in teleworking context. Through, the results it´s confirmed that the workfamily
conflict has a mediator paper in relationship between teleworking’s demands and stress,
on both dimensions. Therefore, it´s understood that the individuals that accuse high levels of
demand, will have more difficulties in to define limits between personal and professional
environment, causing conflict and, consequently, stress. In relation to the results of the
moderation hypothesis, it´s possible to conclude, although doesn’t exist a moderator effect in
psychological detachment, there was a negative and significant effect in the work-family
conflict, this is, the practical of psychological detachment reduces the levels of work-family
conflict on the individual. This effect was also verified in the time stress and anxiety. Thus, the
psychological detachment has great importance in individual’s well-being. Limitations and
practical implications were also discussed in the study, providing guidelines for future
investigations.