Título
Verdades e contos de fadas: a percepção e o desenho de uma disciplina construída
Autor
Morais, Bárbara Alexandra Pereira Alves
Resumo
pt
Como ponto de partida da investigação, compreende-se que como críticos somos egoístas e perseguimos interesses pessoais - sejam eles baseados num autor, obra ou elemento. Acreditamos e defendemos ideias reivindicando-as como verdades absolutas, e as colunas podem ter um pluralismo de significados, ou não. Assim, importa reconhecer que a retórica é essencial à arquitectura e que a forma como nos relacionamos com o mundo está intimamente dependente daquilo que conhecemos. Como criticados, também. A segunda parte do trabalho pressupõe a elaboração de um projecto: uma casa unifamiliar. Esta fase compreende o projecto como a materialização de uma resposta a questões que vão sendo colocadas, pelo que o processo é parte fundamental da narrativa. O todo é complicado e conflituoso, chegar a uma resposta definitiva também. Deste modo, a arquitectura passa a ser entendida como uma colagem, sucessão e sobreposição de várias realidades, e não de forma única e coesa. Tal como acontece num filme, numa cidade ou mesmo no pensamento - muitas vezes contraditório, inconsistente e incompleto. O resultado é um trabalho que pode ser lido em qualquer ordem, colocando-se como um ponto de interrogação constante.
en
As a starting point of the research, it is understood that as critics we are selfish and pursue personal interests - be they based on an author, work or element. We believe and defend ideas by claiming them as absolute truths, and columns can have a plurality of meanings, or not. Thus, it is important to recognise that rhetoric is essential to architecture and that the way we relate to the world is intimately dependent on what we know. As criticised, too. The second part of the work presupposes the elaboration of a project: a single-family house. This phase understands the project as the materialization of an answer to questions that are being asked, so the process is a fundamental part of the narrative. The whole is complicated and conflictive, so is reaching a definitive answer. In this way, architecture comes to be understood as a collage, succession and superposition of various realities, and not in a single and cohesive way. Just as it happens in a film, in a city or even in thought - often contradictory, inconsistent and incomplete. The result is a work that can be read in any order, placing itself as a constant question mark.