Título
Ambientes de trabalho pet friendly: Em que medida afetam o work engagement & desempenho dos colaboradores
Autor
Martins, Ana Carolina Franco
Resumo
pt
A presença crescente de animais de estimação, cães terapêuticos e de serviço nas
empresas tem despertado a atenção dos investigadores e dos gestores. Tem-se assistido a
um aumento do número de organizações com práticas ou ambientes pet-friendly como
estratégia de atração e retenção de talentos, fator motivacional e de aumento da
produtividade. No entanto, quer as organizações, quer a investigação ainda são
prematuras pois os estudos acerca dos seus efeitos ainda são escassos. Com a pandemia
da COVID-19, o número de pessoas em Teletrabalho aumentou, sendo aqueles com
animais de estimação quem de maior interesse e motivação para o teletrabalho, uma vez
que este (identificado como uma prática pet-friendly) permite a realização do trabalho e,
simultaneamente, a interação com os animais. Este estudo baseou-se na teoria da troca
social para desenvolver um quadro conceptual no qual hipotetizou que as pausas do
trabalho (interações entre os donos e os seus animais) mediariam a relação entre a
modalidade de trabalho (presencial ou teletrabalho), outcomes afetivos (work
engagement) e comportamentais (desempenho). Ainda com base na teoria, testou-se o
papel moderador das atitudes face ao teletrabalho na relação de mediação anterior. Para
testar o modelo, 200 trabalhadores adultos aceitaram participar no estudo. Os resultados
foram apoiados e demonstraram que existe uma relação indireta que é condicionada pela
atitude do trabalhador face ao teletrabalho, sendo mais forte para aqueles que tinham
atitudes mais favoráveis (versus atitudes menos favoráveis). Com base nos resultados,
são discutidas estratégias pet-friendly, incluído o trabalho híbrido, que podem ser
adotadas.
en
The presence of pets as well as the presence of therapy dogs and service dogs in
the workplace has attracted the attention of researchers and managers. There has
been a general increase of the number of organizations with pet-friendly
environments or practices as a strategy to attract and retain talent, as a
motivational factor, and to boost productivity. However, both organizations and
research are still premature as studies about their effects are still scarce. With the
pandemic of COVID-19, the number of people teleworking increased, and people
with pets seem to be those with greater interest and motivation for teleworking,
since teleworking (recently identified as a pet-friendly practice) allows work to be
done and, simultaneously, be with their pets. This study relied on social exchange
theory to develop a conceptual framework in which it hypothesized that work
breaks (interactions between pet owners and their pets) would mediate the
relationship between (face-to-face work or telecommuting) and affective (work
engagement) and behavioral (performance) outcomes. Also based on social
exchange theory, this study tested the moderating role of attitudes toward
telecommuting in the former mediating relationship. To test the model, 200 adult
workers agreed to participate in the study. The results were supported and showed
that there is an indirect relationship that is conditioned by the of the worker
towards telecommuting, that is stronger for those who had more favorable
attitudes (versus less favorable attitudes). Based on the results, they are discussed
pet-friendly strategies, among them the hybrid working, that can be adopted.