Título
O papel da autoeficácia no trabalho na relação entre as amizades no local de trabalho e o bem-estar dos trabalhadores Portugueses (emoções)
Autor
Delgado, Carolina Maria Raimundo Ortigão
Resumo
pt
O presente estudo tem como principal objetivo analisar o papel mediador da autoeficácia no trabalho, na relação entre amizades no local de trabalho e bem-estar dos trabalhadores, no que concerne às emoções positivas: conforto, entusiasmo e às emoções negativas: ansiedade e depressão. Realça-se também que esta dissertação visa verificar como as diferentes variáveis se relacionam entre si, tendo em consideração a importância de cada uma.
Para a recolha de respostas, realizou-se um inquérito por questionário online, onde a amostra recolhida investigou uma abordagem por conveniência e bola de neve, constituída por 225 participantes, de nacionalidade portuguesa e de diferentes setores de atuação.
Com base nos resultados demonstrados, confirmou-se uma relação direta positiva entre as amizades no local de trabalho, a autoeficácia no trabalho e as emoções positivas. Em contrapartida, observou-se uma relação negativa entre a autoeficácia no trabalho e a depressão. No entanto, no presente estudo, não foi verificada uma relação negativa entre a autoeficácia no trabalho e a ansiedade, e uma relação entre as amizades no local de trabalho e as emoções negativas. Ademais, a autoeficácia no trabalho medeia significativamente a relação entre amizades no local de trabalho e as emoções: conforto, entusiasmo e depressão, ainda que não se confirme uma mediação quando se trata da ansiedade.
Conclui-se que tanto as amizades, como a autoeficácia no trabalho contribuem para o surgimento de emoções positivas, reforçando a ideia de que as organizações devem desenvolver iniciativas, para que os trabalhadores não evidenciem emoções negativas, mantendo e desenvolvendo o bem-estar dos mesmos.
en
The main aim of this study is to analyze the mediating role of workplace self-efficacy in the relationship between workplace friendships and employees' well-being, based of positive emotions: comfort and enthusiasm, and negative emotions: anxiety and depression. It should also be noted that this dissertation aims to verify how the different variables relate to each other, taking into account the importance of each one.
To collect responses, a questionnaire survey was carried out online, where the sample collected investigated a convenience and snowball approach, consisting of 225 participants, with portuguese nationality and from different sectors of activity.
The results showed a direct positive relationship between workplace friendships, workplace self-efficacy and positive emotions. On the other hand, there was a negative relationship between workplace self-efficacy and depression. However, in this study, there was no negative relationship between workplace self-efficacy and anxiety, and no relationship between workplace friendships and negative emotions. In addition, workplace self-efficacy significantly mediates the relationship between workplace friendships and emotions: comfort, enthusiasm and depression, although no mediation is confirmed when it comes to anxiety.
It can be concluded that both workplace friendships and self-efficacy contribute to emerge positive emotions, reinforcing the idea that organizations should develop initiatives for employees not to experience negative emotions, thus maintaining and developing their well-being.