Título
Palestinian encounters with the women, peace and security agenda: Between state-building, human rights and justice
Autor
Reina, Francisca Martins
Resumo
pt
Embora celebrada pelo reconhecimento das experiências e perspetivas das mulheres em situações de conflito, a agenda das Nações Unidas para as Mulheres, Paz e Segurança (WPS) permanece enraizada na lógicas de poder patriarcal, colonial e racial inscritas nos discursos e práticas hegemónicas de segurança internacional. Apoiando-se nos contributos dos feminismos pós-coloniais e decoloniais, esta tese desvela o modo como as intersecções destas estruturas
de poder na agenda WPS perpetuam a marginalização e silenciamento das narrativas e experiências palestinianas. Em particular, a tese examina dois momentos que caracterizam a experiência palestiniana com a agenda WPS: a proliferação de iniciativas da sociedade civil centradas na construção da paz e empoderamento das mulheres no período pós-Oslo; e o desenvolvimento dos Planos Nacionais de Ação (NAPs) para a implementação da agenda WPS
na Palestina. Esta análise confirma o alinhamento sistemático da agenda WPS com as agendas liberais e humanitárias promovidas pelas Nações Unidas e governos ocidentais na Palestina, que sustentam a manutenção e expansão do projeto sionista e colonial na Palestina. No entanto, a análise sublinha também a natureza multifacetada e ambivalente das relações entre a sociedade civil palestiniana e os atores internacionais que apoiam a agenda MPS na Palestina.
en
Although celebrated for its recognition of women's experiences and needs in post/conflict situations, the United Nations (UN) Women, Peace and Security (WPS) agenda remains strongly rooted in the patriarchal, colonial and racial hierarchies of power that constitute hegemonic discourses and practices of international security. Building on postcolonial and decolonial feminist scholarship, this thesis reveals the specific ways that intersectional structures of power contribute to the marginalisation and silencing of Palestinian narratives and experiences in the WPS agenda. In particular, the thesis examines two instances of Palestinian encounters
with the WPS agenda: the proliferation of civil society initiatives focused on peace-building, dialogue and women’s empowerment in the post-Oslo period; and the development of National Action Plans (NAPs) for the implementation of WPS in Palestine. The analysis reaffirms the systematic alignment of the WPS agenda with the liberal and humanitarian agendas of international donors, which fuel into the maintenance and expansion of Israel's Zionist settler/ colonial project in Palestine. However, it also underscores the multifaceted and ambivalent nature of Palestinian civil society engagements with the UN and the WPS agenda in Palestine, from contestation and distancing to co-optation and pragmatism.