Título
Fenómenos emergentes complexos na vivência do espaço arquitetónico. Sines 2074 : estação intermodal
Autor
Alves, Francisco Miguel Teixeira
Resumo
pt
Este trabalho produz uma reflexão teórica sobre a relação entre a temática do ambiente construído/-edificado
e o pensamento complexo, abordando as possibilidades e implicações que surgem no processo e procurando um
caminho para a integração de Arquitetura e Urbanismo na Teoria da Complexidade. A Teoria da Complexidade é um
paradigma disciplinar de consequências tecnológicas e filosóficas/-epistemológicas que aborda os espaços no fim da
razão clássica onde às variáveis de um problema se sobrepõem as relações entre elas.
O trabalho descreve as várias propriedades dos sistemas ditos complexos para, munido dessas ferramentas,
estabelecer e validar as relações que se façam com a temática do ambiente construído: num primeiro ponto à escala
da cidade; e num segundo chegando aos edifícios que a compõem.
A escala da cidade remete para o processo de evolução destas estruturas, que na ausência de um controlador
central, e pela escala temporal superior à dos indivíduos que as habitam, introduz a ideia de todo auto-organizado.
À escala do edificado estuda-se a interação entre indivíduos – comum às várias escalas de análise ainda que com
manifestações formal e funcionalmente diferentes –; a interação entre partes de um edifício; e a adaptabilidade das
estruturas através de uma interação entre partes que seja responsiva à interação entre indivíduos – a conjugação dos
dois pontos prévios.
O trabalho desenvolve um conjunto de modelos que, sem pretenderem ser exaustivos, procuraram demonstrar
como a assimilação do pensamento complexo em Arquitetura permite a avaliação, no período de projeto, de cenários
para a pós-ocupação de edifícios.
en
This work reflects on the relation between the built environment and a complex way of thinking, going through
the possibilities and implications that arise upon the process of doing so. It then sets to integrate Architecture
and Urbanism under Complexity Theory. Complexity Theory is a disciplinary paradigm with both technological and
philosophical/-epistemological repercussions. It deals with the spaces left untouched at the limit of a classic view of
reason, where one should start to consider the relations between a problem’s variables over their own extent.
Several properties found in complex systems are described and used to define the established relations
between the built environment and complex thinking. These relations start at the city scale, reaching building level
at a later stage.
Cities have a process of evolution which occurs in the absence of centralized control and at a time scale that
exceeds the life of those who inhabit them. This process allows us to study cities as self-organized systems. At the
building level we then set to study the interaction between individuals; the interaction between building components;
and building’s transformation and adaptability through the interaction of building components, as a response to
individuals’ interactions – linking the two previous points.
A set of models is developed as to demonstrate how a proper relation between complex thinking and
Architecture can help define, during design stages, better scenarios for building’s post occupancy.