Título
Angola como potência regional emergente: análise dos factores estratégicos (2002-2012)
Autor
Pegado, Aida Maria Silvério Pinto
Resumo
pt
Historicamente, os recursos naturais mais preciosos deram aos Estados
possidentes, vantagens políticas, influência e prestígio, que os distinguiram entre as
Nações. Angola é um caso paradigmático. Desde os anos 90, a indústria petrolífera
angolana entrou numa fase de expansão, aplicando tecnologias de ponta para
produção em águas profundas. Aos avanços tecnológicos, juntaram-se condições
sociais e políticas favoráveis, no seu conjunto, ao Estado angolano, que também
passou a ser o segundo parceiro dos Estados Unidos na África Subsariana. A nova
dinâmica da indústria petrolífera contribuiu para um aumento do fluxo de capitais, do
investimento estrangeiro e da reabilitação e construção de infra-estruturas, suscitando
a inclusão de Angola no grupo de países de maior crescimento, entre 2002 e 2008, a
nível mundial. Com base em cenários geopolíticos, diferentes quadrantes
argumentam que Angola é uma potência regional emergente. Esta tese defende, no
entanto, que para Angola ser uma potência regional emergente os factores
estratégicos devem ser sustentáveis. Os resultados que obtivemos evidenciam
potencialidades e oportunidades, mas também vulnerabilidades e ameaças que
contradizem os argumentos dos que defendem que Angola é uma potência regional
emergente.
en
Historically the valuable natural resources entitled the blessed countries with
political advantages, influence and prestige that would distinguish them among the
Nations. Angola is a case point. Since the 1990s the Angolan oil industry begins a
new expansion stage by the use of advanced subsea technologies. Besides the use of
advanced technologies, political and social conditions are favorable, on the whole, to
the Angolan state that becomes the USA’s second major partner in sub-Saharan
Africa. The new impetus upon the oil industry have paved the way to the increase in
the capital flux, foreign investment, and infrastructure building, raising the ranking
of Angola in the group of countries with the highest growth between 2002 and 2008.
Based on geopolitical scenarios, different quarters claim that Angola is a regional
emergent power. This thesis advocates for Angola to be a regional emerging country
the strategic factors must be sustainable. The outcomes point out opportunities and
capacities, but also vulnerabilities as well threats refuting the arguments of those who
claim Angola is a regional emerging power.