Título
Limites, desordens e mediações: Uma etnografia em espaço escolar
Autor
Leandro, Alexandra
Resumo
pt
O desenvolvimento de uma etnografia em diferentes escolas, situadas em um
dos concelhos da Península de Setúbal, permitiu avançar para o modo como a produção
de segurança escolar envolve a reprodução, recomposição e reinvenção de distintas
configurações de poder, tendo em conta o cruzamento de múltiplas modalidades de
intervenção, e a (des)articulação entre diferentes sujeitos e grupos. Sendo uma pesquisa
de ancoragem antropológica, o diálogo permanente com outros campos disciplinares,
em especial a sociologia e a história, possibilitou o alargamento das questões e a
reflexão em torno de um vasto conjunto de itinerários teóricos e metodológicos, vital
num terreno tão complexo como o da Educação. Os limites físicos e simbólicos
produzidos, reproduzidos e contestados nas escolas constituem fronteiras que
estruturam o trânsito permanente entre o lado de dentro e o lado de fora. As escolas,
enquanto espaços centrais de socialização, surgem, deste modo, como um terreno de
múltiplas mediações, no cruzamento e confronto de diferentes expectativas e projetos
individuais, familiares, profissionais e institucionais.
en
The unfolding of ethnography within different schools situated in a
municipality of the Setúbal Peninsula enabled to question how the production of school
security involves the reproduction, rearrangement and reinvention of distinct power
configurations, given the intersection of multiple intervention modalities and the
(in)articulation between different individuals and groups. Being an anthropological
anchored research, the permanent dialogue with other disciplinary fields, with particular
emphasis on sociology and history, made possible the widening of the points of
discussion and the reflexion on a large number of theoretical and methodological
itineraries, vital in such a complex field as Education. The physical and symbolic limits
produced, reproduced and contested in schools are frontiers that structure the continuous
passage between outside and inside. Schools, as central socialization places, emerge as a
field for multiple mediations, in the intersection and confrontation of different
individual, family, professional and institutional expectations and projects.